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    Morre motorista de aplicativo atingido durante execução de delator do PCC no aeroporto de Guarulhos

    O motorista, que estava internado no Hospital Geral de Guarulhos, faleceu devido à gravidade dos ferimentos

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    247 - Neste sábado, o motorista de aplicativo Carlos Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu após ser atingido com um tiro de fuzil nas costas durante um atentado ocorrido na sexta-feira (10), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A informação foi divulgada pelo portal G1.

    Novais foi alvejado no momento em que o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, alvo principal do ataque, era executado com diversos disparos de fuzil no setor de desembarque do aeroporto. O motorista, que estava internado no Hospital Geral de Guarulhos, faleceu devido à gravidade dos ferimentos. Outras duas pessoas ficaram feridas: um funcionário do aeroporto, que segue em observação com lesões na mão, e uma terceira vítima, que levou um tiro de raspão e já foi liberada.

    Ataque coordenado e fuga organizada

    Após o ataque, os atiradores fugiram rapidamente em um Gol preto, que foi encontrado abandonado nas imediações do aeroporto. Equipes do 3º Batalhão de Polícia de Choque recuperaram o veículo na Avenida Otávio Braga de Mesquita, ainda em Guarulhos. A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação neste sábado, assumindo o caso devido à gravidade e à complexidade do crime. Em nota, a corporação informou que "irá colaborar com as forças de segurança de São Paulo para elucidar o crime."

    Empresário jurado de morte após delação premiada

    Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, o empresário executado, estava sob ameaça de morte desde março deste ano, quando firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). No acordo, Gritzbach detalhou supostos esquemas criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e denunciou uma rede de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo. Com base no depoimento, Gritzbach afirmou que sofreu ameaças e pressão após sua colaboração com as autoridades. Além disso, o MP-SP investiga a possível participação do empresário em assassinatos de membros do PCC, incluindo Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e seu motorista, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, ambos mortos em circunstâncias violentas. Gritzbach, no entanto, negava envolvimento com esses crimes.

    Suspeita sobre atuação de escolta policial

    A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que a atuação dos policiais que acompanhavam Gritzbach está sendo investigada. Quatro policiais militares designados para escoltar o empresário alegaram um atraso na escolta devido a problemas mecânicos no veículo oficial, uma Amarok, que teria quebrado a caminho do aeroporto. No momento do ataque, apenas dois policiais se encontravam no local, em uma Trail Blazer estacionada com um familiar do empresário na área de desembarque.

    “Os policiais militares, que pertenciam à equipe de segurança da vítima, prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações”, informou a SSP em comunicado oficial. A namorada de Gritzbach também foi ouvida pelos investigadores, e corregedorias das polícias Civil e Militar estão apurando a atuação de seus agentes no caso.


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