Randolfe critica sistema de votação ao Senado e pleiteia mudança
A proposta do senador visa incluir na reforma eleitoral prevista para 2025 a adoção do voto único
247 - O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), levantou críticas ao atual sistema de votação ao Senado em ocasiões em que há duas vagas em disputa por estado, como ocorrerá nas eleições de 2026. Em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, Randolfe defendeu uma proposta que elimina o voto duplo, modelo exclusivo do Brasil, e que considera incompatível com os princípios de uma democracia moderna.
A proposta do senador visa incluir na reforma eleitoral prevista para 2025 a adoção do voto único. “A democracia moderna possui alguns documentos fundantes. Um deles é um livro da fundação dos Estados Unidos da América, chamado Os federalistas. Lá estava estabelecido um princípio chamado ‘um homem, um voto’”, explicou Randolfe. Ele destacou que países como Estados Unidos e Argentina, ambos com sistemas bicamerais, garantem a cada cidadão o direito de votar em apenas um candidato ao Senado. “A modificação de ter dois votos é uma invenção, uma jabuticaba brasileira”, acrescentou.
O atual sistema de voto duplo permite que eleitores escolham dois candidatos ao Senado, aumentando a probabilidade de que concorrentes de um mesmo espectro ideológico sejam eleitos em “dobradinha”. Para Randolfe, isso enfraquece a diversidade de representatividade na casa legislativa e pode prejudicar a democracia. “Com o voto único, as chances de um equilíbrio político entre diferentes perspectivas no Senado são maiores, refletindo melhor os anseios da população”, afirmou.
O projeto, ainda em fase de concepção, precisará enfrentar debates amplos no Congresso para ser incorporado à reforma eleitoral. Contudo, Randolfe já articula apoio entre seus pares, ressaltando a importância de garantir que o processo eleitoral reflita princípios de justiça e equidade. “Precisamos nos aproximar dos modelos que consolidam a democracia e abandonar práticas que distorcem a representatividade”, concluiu o senador.
A reforma eleitoral é sempre um tema polêmico e envolve interesses diversos. Se a proposta de Randolfe ganhar força, poderá trazer mudanças significativas para as eleições de 2026 e para o funcionamento da política brasileira.
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