“Tiu França” deixou última mensagem para Donald Trump, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira
Veja o que o homem-bomba postou em suas redes sociais antes do atentado
247 – Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, de 59 anos, que morreu após se explodir em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (13), deixou uma série de mensagens enigmáticas e ameaçadoras em suas redes sociais. A jornalista Daniela Santos, do Metrópoles, reportou que as publicações incluíam recados direcionados ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Na mensagem endereçada a Trump, Tiü França fez um apelo que misturava acusações e pedidos por ações drásticas. “Donald Trump, se você ama e respeita as crianças, acelera a operação Storm. Mande o FBI aqui para a Ilha de Marajó. No Brasil, não temos Justiça, nem Polícia Federal. O que temos é Gestapo, mas não serve para nada. Aliás, serve sim: prender velhinhas inocentes”, escreveu ele.
Aos líderes do Congresso Nacional, Pacheco e Lira, Francisco Wanderley recorreu à música para transmitir sua mensagem. A canção escolhida foi "Senta Aqui", interpretada por Moacyr Franco, que carrega um tom de desafio e confronto. “Vou cantar uma música para vocês dormirem bem: senta aqui neste banco pertinho de mim, vamos conversar. Será que você tem coragem de olhar nos meus olhos e me encarar? Agora, chegou a sua hora, chegou a sua vez. Você vai pagar”, escreveu o homem.
O contexto do atentado e suas implicações
O atentado perpetrado por Tiü França chocou o país e reacendeu discussões sobre a radicalização política e o extremismo. Autoridades de segurança pública investigam possíveis vínculos entre o homem e grupos extremistas ou redes de desinformação bolsonaristas que fomentam discursos de ódio e incitam a violência. Francisco Wanderley Luiz era conhecido por suas opiniões políticas extremas e pela participação em atos contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.
Mensagens como as deixadas por Tiü França antes do ataque refletem uma crescente onda de intolerância e discursos de ódio alimentados por retóricas radicais. O episódio levanta questões sobre a segurança em torno das instituições democráticas e a eficácia das estratégias de monitoramento de potenciais ameaças.
As investigações também analisam o possível envolvimento de outros indivíduos ou grupos que possam ter influenciado ou auxiliado Wanderley em suas ações. Até o momento, não há informações oficiais que confirmem se ele agiu totalmente sozinho ou se teve apoio de terceiros.
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