Tragédia ambiental: desabamento de ponte despeja toneladas de produtos tóxicos no Rio Tocantins
Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira colapsa entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), provocando derramamento de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas
247 - O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido no último domingo (22), gerou uma grave emergência ambiental no Rio Tocantins. Segundo informações da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), divulgadas nesta segunda-feira (23), o acidente resultou no despejo de 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um composto altamente corrosivo. A fonte é o portal Metrópoles.
A ponte, localizada entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desmoronou enquanto três caminhões transportando essas substâncias atravessavam sua estrutura. Com a queda, os produtos tóxicos foram liberados no curso do rio, potencialmente impactando 19 municípios situados a jusante do local do desastre até a confluência com o Rio Araguaia.
Monitoramento e medidas emergenciais
A ANA, em articulação com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA-MA), iniciou imediatamente o monitoramento da qualidade da água no trecho afetado. Amostras estão sendo coletadas em cinco pontos entre a barragem da usina hidrelétrica de Estreito (TO/MA) e o município de Imperatriz (MA), que está a jusante do desabamento.
“A verificação dos parâmetros básicos de qualidade da água nesse trecho do rio será realizada na terça-feira (24)”, informou a ANA. Para ampliar a capacidade de análise, foi solicitado o apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), referência nacional no estudo de impactos ambientais relacionados à água.
Os dados preliminares serão usados para calcular o tempo de chegada da pluma de contaminantes aos municípios afetados e orientar as medidas preventivas. Em uma ação de precaução, o governo do Maranhão recomendou a suspensão temporária da captação de água destinada ao abastecimento público nos municípios banhados pelo Rio Tocantins.
Impacto regional
Os municípios potencialmente afetados incluem 11 no estado do Tocantins (Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins e Tocantinópolis) e oito no Maranhão (Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios).
Os órgãos estaduais e federais que atuam no desastre foram notificados sobre os riscos e medidas adotadas. A população das áreas impactadas foi orientada a evitar o uso da água do rio até que os níveis de contaminação sejam determinados com precisão e a segurança seja restabelecida.
Prejuízos ambientais e humanos
A combinação de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico gera preocupações quanto às consequências para a biodiversidade local, que inclui espécies de peixes e fauna aquática. Além disso, os prejuízos socioeconômicos para as comunidades que dependem do rio para pesca, irrigação e consumo direto podem ser significativos.
A ANA e outros órgãos envolvidos prometem atualizar a população sobre o andamento das medidas e resultados das análises. O colapso da ponte e suas consequências reforçam a importância da manutenção e inspeção de infraestruturas essenciais para a segurança ambiental e humana.
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