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    VoePass: famílias criam associação para cobrar investigações e justiça

    Organização formada por parentes das vítimas busca respostas e apoio emocional, transformando luto em uma luta por segurança na aviação

    Investigadores no local do acidente do voo 2283 em Vinhedo (SP) (Foto: FAB/Divulgação)

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    247 - As famílias das 62 vítimas do acidente envolvendo a companhia aérea VoePass se uniram para criar a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 2283, visando acompanhar as investigações e prestar assistência emocional e jurídica aos parentes. O trágico acidente ocorreu no dia 9 de agosto, quando um avião modelo ATR-72 caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, deixando 58 passageiros e 4 tripulantes sem sobreviventes. A associação foi oficialmente instituída em 25 de setembro e é presidida por Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica residente Arianne Albuquerque Risso, uma das vítimas. Adriana Ibba, mãe da pequena Liz Ibba, a mais jovem passageira a bordo, ocupa a vice-presidência.

    Em entrevista ao Metrópoles, Maria de Fátima destacou que a ideia de unir as famílias surgiu após a divulgação do relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) no dia 6 de setembro. "O luto tem se transformado em luta. Não foi uma fatalidade, não foi um acidente, foi um crime premeditado, no sentido de tragédia anunciada. Essas aeronaves [da VoePass] já não tinham mais condições de voar. Além dessa dor infinita, quase que insuportável, nós temos a revolta, a indignação. Queremos respostas", desabafa a presidente da associação, ressaltando que os 119 familiares que integram o grupo compartilham a mesma busca por justiça.

    Acusações e respostas da VoePass

    A associação exige a responsabilização da VoePass pelo acidente. Apesar disso, Maria de Fátima deixa claro que o objetivo não é prejudicar a empresa, mas evitar que novas tragédias aconteçam. "Existe um crime muito grande, a olho nu. Nosso objetivo é fazer com que isso não aconteça mais, que essas aeronaves não continuem voando sem condições de voar. É preciso prevenir, evitar que outras famílias sofram o que estamos sofrendo", declarou.

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