O que se sabe e o que ainda precisa ser esclarecido sobre o acidente com avião da VoePass
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou relatório preliminar nesta sexta-feira
247 - A queda do avião da VoePass em Vinhedo, no interior de São Paulo, no dia 9 de agosto, trouxe uma série de dúvidas e incertezas que começaram a ser esclarecidas nesta sexta-feira (6), informa o Metrópoles. O relatório preliminar divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apresentou as primeiras respostas, mas muitos pontos ainda precisam ser investigados.
O que se sabe até agora
A aeronave, um modelo ATR-72 da VoePass, decolou de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A decolagem ocorreu às 11h46, e o pouso estava previsto para 13h40. No entanto, o avião perdeu sustentação em voo e colidiu com o solo às 13h22, em Vinhedo. A aeronave estava com a manutenção em dia e todos os sistemas obrigatórios para navegação estavam funcionando no momento da decolagem.
De acordo com o relatório do Cenipa, um dos pontos de atenção é o sistema antigelo da aeronave. Gravações de voz capturadas pela caixa-preta revelaram que os pilotos comentaram sobre o não funcionamento de um dos sistemas de degelo durante o voo e mencionaram a presença de "bastante gelo". O sistema foi acionado três vezes e desligado duas vezes, mas os motivos para essas ações ainda não foram esclarecidos. O Cenipa destacou que os registros de dados de voo não indicavam falhas nos sistemas antigelo.
Questões ainda em aberto
Apesar dos avanços na investigação, ainda há muitas perguntas sem resposta. Os investigadores querem determinar se o sistema antigelo realmente funcionou quando necessário e qual era a real condição dos equipamentos durante o voo. Existem diversos computadores a serem analisados que podem revelar se os sistemas estavam operando corretamente no momento do acidente.
Outro aspecto crucial é entender a “consciência situacional” dos pilotos durante o voo. O Cenipa busca avaliar se os pilotos tinham plena compreensão das condições adversas que enfrentavam. Para isso, a investigação vai cruzar dados de comunicações, registros de saúde dos pilotos, avaliações psicológicas das falas gravadas e outros dados de voo.
A tripulação não reportou nenhuma emergência nas comunicações, o que levanta outra dúvida significativa: por que os pilotos, cientes dos problemas com o sistema de degelo, não relataram uma emergência? Essa questão é vista como um ponto importante a ser esclarecido para entender o que levou ao desfecho trágico.
O que falta saber
O Cenipa ainda precisa descobrir por que a aeronave, com todos os documentos e manutenções em dia e pilotada por uma tripulação treinada, perdeu sustentação em voo. A análise dos computadores recuperados e outras informações ainda pendentes será crucial para entender o que de fato aconteceu.
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