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    Alckmin critica aumento da Selic para conter inflação de alimentos: "aumentar juros não vai fazer chover"

    Vice-presidente também afirmou que país irá buscar boas relações comerciais tanto com China quanto com os EUA, mas lamentou as tarifas de Trump

    Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin - 10/12/2024 (Foto: Adriano Machado/Reuters)
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    Marina Verenicz e Paulo Barros, Infomoney - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, criticou nesta segunda-feira (24) a política monetária contracionista, de alta de juros, para combater a inflação de alimentos que assola o País nos últimos meses. Segundo ele, uma medida “inteligente” é a adotada nos Estados Unidos, onde o preço dos alimentos fica de fora do índice de inflação

    “Alimentos estão relacionados muito ao clima. Se eu tenho uma alteração climática muito grande, não adianta eu aumentar o juros que não vai fazer chover”, afirmou Alckmin no evento Rumos 2025, realizado pelo jornal Valor Econômico.

    “Eu só estaria prejudicando a economia e no Brasil pior ainda”, continuou o vice-presidente. “A cada 1% da taxa Selic, o impacto é de R$ 48 bilhões no pagamento da dívida pública”.

    Alckmin também citou a energia, que, na sua opinião, também poderia ficar de fora da composição do IPCA. “Acho que é uma medida inteligente, acho que a gente deveria aumentar os juros naquilo que poderia ter mais efetividade na redução da inflação”, falou.

    O imposto de importação zerado para carne, açúcar, óleo, sardinha e outros alimentos são “um conjunto de medidas transitórias que devem ajudar neste momento”, disse o vice-presidente. “Mas a tendência deve ser de queda dos alimentos, o que deverá ajudar a reduzir a inflação”.

    Como medidas transitórias, Alckmin também citou o fortalecimento da Conab, para evitar grandes oscilações, que poderá usar seus estoques para controlar a quantidade de alimentos em circulação. Também mencionou o sistema de controle sanitário brasileiro, o Sisbe. “Hoje em dia, tem produtos que podem ser vendidos em uma cidade e não na outra. Se ampliarmos o Sisbe, [haverá] mais competitividade.

    China e tarifas dos EUA - Sobre uma proximidade com a China pós tarifas dos EUA, Alckmin afirmou que a China já é o maior parceiro comercial do Brasil hoje, e que o país irá “aproveitar todas as oportunidades com a China e com os EUA”.

    No entanto, não deixou de criticar a postura protecionista de Donald Trump. “Lamentamos a atitude americana, nossa disposição é de defender o multilateralismo”, falou. “Nós temos superávit na balança comercial com os EUA, então o Brasil não é problema para os EUA”.

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