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      Alckmin descarta "guerra tributária" com Trump e prega cautela após tarifas dos EUA

      Vice-presidente também defendeu o pleito da indústria siderúrgica brasileira de manutenção do sistema de cotas de exportação sem a sobretaxa

      Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin - 10/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - O governo brasileiro vai procurar os Estados Unidos para encontrar uma solução para a tarifa de 25% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações de aço e alumínio, disse nesta quarta-feira (12) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

      Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, Alckmin adotou um tom cauteloso e defendeu que o Brasil não deve entrar no que chamou de "guerra tributária" em retaliação às medidas de Trump.

      Questionado se o Brasil poderia aplicar reciprocidade às tarifas de Trump, Alckmin respondeu que "precisamos ter cautela".

      Ele também defendeu o pleito da indústria siderúrgica brasileira de manutenção do sistema de cotas de exportação sem a sobretaxa, como ocorreu em 2018 no primeiro mandato de Trump como presidente dos EUA, quando ele também impôs tarifas sobre aço e alumínio. "Cotas são um mecanismo inteligente, se você aumenta a tarifa aumenta o custo para a cadeia norte-americana", afirmou.

      Alckmin ainda disse que conversou na véspera com a embaixadora brasileira em Washington para que seja realizado um encontro com o governo norte-americano em busca de uma solução para as tarifas, que têm impacto direto sobre as exportações do Brasil.

      Em 2018, Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre importações de aço e de 10% sobre alumínio. Negociações entre Brasil e EUA naquele ano para revisar as tarifas duraram meses e criaram o sistema em que o Brasil pode enviar sem pagar tarifas aos EUA 3,5 milhões de toneladas de produtos semiacabados (placas) para laminação e 687 mil toneladas de laminados por ano.

      Desde então o setor brasileiro vem tentando flexibilizar esse sistema, permitindo o envio de mais produtos aos EUA além dos limites rígidos, mas, nesse caso, incorrendo na tarifa de 25% sobre o excedente.

      Desta vez, o governo comandado pelo bilionário anunciou tarifas iguais de 25% com início de vigência a partir de 12 de março. (Com informações da Reuters). 

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