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    Alckmin: governo prepara linha de crédito de R$ 15 bilhões para grandes empresas no RS

    De acordo com o titular da pasta, a ajuda será por meio do BNDES

    Geraldo Alckmin com outras lideranças (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

    247 - Vice-presidente da República, o ministro da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (27) que uma linha de crédito de R$ 15 bilhões, voltada para as grandes empresas afetadas pela catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul, onde, segundo autoridades locais, mais de 2,3 milhões de pessoas em 469 das 497 cidades gaúchas tiveram problemas por conta das enchentes. De acordo com o titular da pasta, a ajuda será por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido por Aloizio Mercadante. 

    “O presidente vai definir com o ministro da Fazenda, está praticamente elaborada a medida provisória e deve definir a questão desse crédito para as grandes empresas. Será anunciado entre hoje e amanhã”, garantiu Alckmin, que está no Rio Grande do Sul para cumprir agendas com setor produtivo gaúcho.

    “Foram liberados recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), juros zero na rede de bancos públicos, e também nas cooperativas. O Rio Grande do Sul tem um sistema de cooperativas de crédito muito forte de grande capilaridade, nasceram aqui as cooperativas de crédito, Pronaf, depois o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), atendendo as médias empresas agrícolas com juro zero; Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), com juros real zero. Na próxima medida provisória, o presidente Lula vai incluir cooperativas de crédito, para elas poderem também participar”.

    Auxílio Reconstrução

    Ainda durante a coletiva, o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, reforçou que as mais de 44 mil famílias do RS já podem confirmar o cadastro para receber o pagamento do Auxílio Reconstrução na página do benefício. 

    O procedimento deve ser feito pela pessoa responsável de cada família, diretamente no site oficial. Só após confirmadas as informações do cadastro, o nome da pessoa será encaminhado à Caixa Econômica Federal, que fará o depósito dos R$ 5.100, pago em parcela única, limitado a um recebimento por família afetada pelas cheias.

    “Após a confirmação, no prazo de 48h a pessoa já terá condições de receber. Esta contribuição será feita pela Caixa Econômica Federal, não há necessidade de abertura de conta, para as pessoas que já têm, será depositado diretamente na sua conta; aquelas que não tem, será aberto uma conta especial para este pagamento”, explicou Pimenta.

    O ministro afirmou também que que o Governo Federal já formalizou junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) uma solicitação para que o aeroporto de Caxias do Sul possa receber equipamentos do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

    O terminal na capital gaúcha segue sem operar em função dos danos causados pelas fortes chuvas no estado. A ideia é que enquanto o aeroporto em Porto Alegre não retome as atividades, o Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, amplie as operações para atender mais voos.

    “Nós já formalizamos com a ANAC e o Ministério dos Portos e Aeroportos a solicitação. A prefeitura também já tomou iniciativa para buscar partes de sinalização, iluminação e outros equipamentos. Já formalizamos uma solicitação para que esse equipamento ILS, que está no Aeroporto Salgado Filho, possa ser usado aqui durante esse período em que o Salgado Filho não está operando”, explicou Paulo Pimenta.

    O ILS, abreviação de Instrument Landing System, conhecido em português como Sistema de Pouso por Instrumento, é um sistema que fornece aos pilotos informações essenciais que auxiliam na aterrissagem sob condições de teto e visibilidade restritas.

    Segundo Pimenta, os esforços para ampliar os voos no Aeroporto Hugo Cantergiani devem ser acelerados para não comprometer o turismo no estado nos meses de junho e julho. “Nós agora teremos os meses de junho, julho, que são os meses da safra do turismo, da região das hortênsias, mas também da Serra Gaúcha. Estamos correndo para capacitar ao máximo os equipamentos para que possamos ampliar horários e a possibilidade de segurança para outros voos e para que a gente possa ampliar o uso do aeroporto nesse período”, afirmou o ministro.

    Ponte provisória

    Paulo Pimenta também falou sobre os trabalhos que vão começar em breve relativos a uma ponte que será construída na BR-116, sobre o Rio Caí, cuja estrutura foi afetada pelas fortes chuvas. Segundo o ministro, o Batalhão de Engenharia do Exército trabalha na montagem de uma ponte no km 227 da rodovia RS-287. A estrutura provisória substituirá a ponte de 36 metros de extensão que desabou no dia 30 de abril em função das fortes chuvas. A ponte está localizada na divisa dos distritos de Arroio Grande e Pains com o distrito de Palma. Concluído este trabalho, os técnicos do Exército se deslocarão para trabalhar na ponte sobre o Rio Caí na BR-116.

    “O Batalhão de Engenharia do Exército está concluindo até quarta-feira uma ponte provisória da RS-287, próxima a Santa Maria. É uma ponte de 60 metros. É a maior ponte já instalada pelo Exército no Brasil. Após a conclusão, esse batalhão de engenharia virá para a instalação dessa ponte provisória da BR-116. Espero que na próxima semana o Exército já esteja aqui trabalhando para a instalação dessa ponte provisória”, declarou Paulo Pimenta.

    A ponte que está sendo finalizada na RSC-287 é do tipo LSB (da sigla Logistic Support Bridge). Ela possui pista única, de 60 metros de extensão, e suporta até 80 toneladas. O equipamento é fabricado pela empresa britânica Mabey Bridge e é considerado uma das mais modernas equipagens de apoio logístico do mundo.

    A estrutura modular tem um total de 112 toneladas e foi transportada de Cachoeira do Sul para Santa Maria na última segunda-feira (20/5) em uma grande operação logística que envolveu cerca de 11 viagens e 10 viaturas. A operação de montagem envolve um efetivo de 52 militares, junto de uma equipe de engenharia e topografia da Sacyr, responsável pela concessionária Rota de Santa Maria, que administra a rodovia.

    * Com informações divulgadas por Thays de Araújo, na Agência Gov

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