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    BlackRock e Microsoft lançam fundo bilionário de US$ 30 bilhões para inteligência artificial

    Gigantes do mercado unem forças em investimento para apoiar o crescimento da infraestrutura tecnológica global

    Ilustração com o logotipo da OpenAI (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

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    247 – A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, reforçou recentemente sua posição de liderança, ao anunciar uma nova e ambiciosa parceria com a Microsoft, uma das maiores empresas de tecnologia globais. De acordo com o Financial Times, as duas gigantes estão prestes a lançar um fundo de investimento de US$ 30 bilhões, voltado para o desenvolvimento de projetos ligados à inteligência artificial.

    O foco do novo fundo será a construção de data centers e a expansão de projetos de energia que suportem o avanço da IA. A iniciativa surge em resposta às "impressionantes demandas" por infraestrutura digital e energética que o crescente desenvolvimento de tecnologias de IA está impondo à economia global. Fontes próximas ao projeto afirmaram ao Financial Times que a parceria pretende abordar os potenciais "gargalos severos" que poderão surgir nos próximos anos, à medida que essas tecnologias avançam.

    Com o envolvimento também da Nvidia, empresa que desponta como um dos principais nomes no campo da IA, e da MGX, uma firma de investimento apoiada pelo governo de Abu Dhabi, o fundo promete ser um dos maiores já captados em Wall Street. A BlackRock, que em junho deste ano alcançou a marca de US$ 10,6 trilhões em ativos sob gestão, está aproveitando essa nova frente para consolidar sua unidade de infraestrutura, após adquirir, em janeiro, a Global Infrastructure Partners (GIP), na maior compra realizada pela gestora em quinze anos.

    Parcerias estratégicas e infraestrutura energética

    Essa iniciativa não é o primeiro grande movimento da Microsoft no campo da infraestrutura voltada à inteligência artificial. No início de 2024, a gigante de Redmond já havia investido US$ 10 bilhões em projetos de energia renovável, em parceria com a Brookfield Asset Management, uma gestora canadense. Brad Smith, presidente da Microsoft, destacou a importância de tais esforços, afirmando que “o país e o mundo vão precisar de mais investimentos de capital para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura de inteligência artificial necessária. Esse tipo de esforço é um passo importante”.

    Além dos investimentos em infraestrutura, a Microsoft também se consolidou como a maior investidora da OpenAI, empresa por trás do famoso ChatGPT. A gigante da tecnologia aplicou US$ 10 bilhões na startup, que, com isso, tornou-se uma referência no campo da IA. Agora, a OpenAI está em negociações para uma nova rodada de investimentos, com um aporte adicional de US$ 5 bilhões que pode elevar seu valuation para impressionantes US$ 150 bilhões, em parceria com empresas como Nvidia, Apple e Thrive Capital.

    Desafios e oportunidades no horizonte da IA

    O novo fundo representa um passo crucial para enfrentar as dificuldades técnicas e logísticas que o futuro da inteligência artificial impõe, em especial no que diz respeito à infraestrutura necessária para seu pleno desenvolvimento. Com grandes players como Microsoft, Nvidia e BlackRock alinhados, o horizonte de expansão tecnológica ganha um impulso sem precedentes.

    O setor de IA, que já movimenta bilhões, precisa de uma base sólida de energia e data centers para sustentar a criação de produtos e serviços. As empresas envolvidas acreditam que, ao antecipar e suprir essa necessidade, não apenas evitarão gargalos, mas também estarão na vanguarda das inovações que moldarão o futuro da economia global.

    Entenda o que é a Inteligência Artificial

    A inteligência artificial (IA) refere-se a sistemas de computador capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecimento de padrões, tomada de decisões, aprendizado e adaptação. Baseada em algoritmos complexos e no uso massivo de dados, a IA tem sido aplicada em diversas áreas, desde assistentes virtuais, como o ChatGPT, até diagnósticos médicos, carros autônomos e sistemas de recomendação. Seu objetivo é criar máquinas que possam simular processos cognitivos humanos, tornando-as capazes de aprender com a experiência, resolver problemas e até mesmo interagir de forma mais natural com os seres humanos.

    No entanto, a expansão da IA também levanta preocupações sobre seus impactos sociais e econômicos. A automação de tarefas antes executadas por humanos pode levar a uma redistribuição do mercado de trabalho, exigindo uma adaptação rápida em setores diversos. Além disso, questões éticas, como o uso de dados pessoais e a possível criação de sistemas autônomos com capacidade de decisão, seguem no centro dos debates globais sobre a regulamentação e o desenvolvimento responsável da inteligência artificial. 

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