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    Brasil tem o 2º maior juro real do mundo

    Muito criticado, o Banco Central decidiu nesta quarta-feira manter a Selic em 10,5% ao ano. Taxa de juros real no Brasil está em torno de 6,79% ao ano

    Banco Central (Foto: Divulgação)

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    247 - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (19) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano, colocando o Brasil na segunda posição entre os 40 países com maior juro real, atrás apenas da Rússia, de acordo com pesquisa do economista Jason Vieira, divulgada na plataforma MoneYou, destaca a CNN Brasil.  

    A taxa de juros real no Brasil está em torno de 6,79% ao ano, ficando atrás apenas da Rússia, que lidera o ranking com 8,91%. Os juros reais representam a taxa nominal descontada da inflação, sendo um indicador para avaliar o impacto das taxas de juros na economia.

    O cálculo da taxa de juros real considera a inflação e os juros futuros projetados pelo mercado para os próximos 12 meses. Para o Brasil, a metodologia utilizou a inflação projetada de 3,96%, conforme o Boletim Focus, e a taxa de juros DI para o vencimento mais líquido, em junho de 2025.

    Na última quarta-feira (19), o Copom manteve a Selic em 10,5% ao ano, encerrando o ciclo de queda iniciado em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%. A decisão, muito criticada, foi unânime entre os nove membros do colegiado, contrariando parte do mercado que esperava uma postura mais leniente dos membros indicados pelo atual governo.

    Segundo comunicado do BC, a decisão foi influenciada por um cenário doméstico de resiliência nas atividades econômicas, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas. No cenário global, o colegiado destacou a incerteza econômica.

    O BC não prevê novos cortes na taxa de juros no curto prazo e reforçou que a política monetária deve permanecer contracionista pelo tempo necessário para consolidar o processo de desinflação e ancorar as expectativas em torno das metas estabelecidas.

    Essa é a primeira vez após sete reuniões que o colegiado opta por não alterar a taxa de juros, mantendo a Selic no menor patamar desde o final de 2021. 

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