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      Comércio com os EUA atinge recorde, mas com déficit de US$ 654 milhões para o Brasil

      Corrente de comércio no primeiro trimestre de 2025 chegou a US$ 20 bilhões, em um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024

      Porto de Santos (Foto: Divulgação)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O comércio exterior entre Brasil e Estados Unidos atingiu um recorde no primeiro trimestre de 2025, com a corrente de comércio (soma das exportações e importações) alcançando US$ 20 bilhões. Esse resultado foi destacado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), que apontou o crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado, relata o Metrópoles. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) e reforça a solidez da relação bilateral, ao mesmo tempo em que apresenta um cenário de déficit para o Brasil na balança comercial.

      O déficit do Brasil foi de US$ 654 milhões, com os Estados Unidos registrando um superávit, o que representa uma reversão do saldo negativo observado no início de 2024. Segundo a Amcham Brasil, este aumento no volume de comércio reflete a força da parceria econômica entre as duas nações, destacando-se o dinamismo no comércio de bens industriais e a intensificação das importações brasileiras de bens de alto valor agregado, como tecnologia e energia.

      Para Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil, os números mostram o caráter mutuamente benéfico da relação entre os dois países. "As empresas que participam dessa relação desejam ampliar ainda mais o comércio e os investimentos bilaterais", afirmou.

      No campo das exportações, o Brasil viu um crescimento significativo, com US$ 7,8 bilhões em vendas para os Estados Unidos entre janeiro e março, o maior valor registrado para um primeiro trimestre. As exportações industriais brasileiras para o mercado norte-americano passaram a representar 18,1% do total exportado pelo setor, um aumento em relação aos 17,7% do ano passado. Entre os destaques estão os sucos, que cresceram 74,4%, os óleos combustíveis (+42,1%), o café não torrado (+34%), as aeronaves (+14,9%) e os semiacabados de ferro ou aço (+14,5%). A carne bovina também teve uma alta expressiva de 111,8%, subindo para a nona posição entre os produtos exportados.

      Por outro lado, o Brasil importou US$ 10,3 bilhões de produtos dos Estados Unidos, com um crescimento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A principal aquisição foi de bens manufaturados, como máquinas, medicamentos e equipamentos de processamento de dados, que somaram 89,2% do total das importações. Um dos maiores aumentos foi nas compras de petróleo bruto, que subiram 78,3%, impulsionadas pela recuperação do setor energético. Enquanto isso, as importações de gás natural caíram, refletindo uma menor demanda no início do ano.

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