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    EUA exigem que Taiwan pare de fornecer chips de IA à China

    Medida visa limitar acesso de empresas chinesas a tecnologia avançada de semicondutores

    Bandeiras da China e dos EUA (Foto: Reuters)

    247 – Washington reforçou seu controle sobre o comércio de tecnologia ao exigir oficialmente que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo, interrompa o fornecimento de chips usados em inteligência artificial (IA) para a China. A informação foi divulgada pela Sputnik, destacando a escalada das tensões comerciais e tecnológicas entre os EUA e a China.

    A TSMC, que colabora com gigantes da tecnologia como Nvidia e AMD, é reconhecida por sua liderança na produção de chips de alta performance. Os circuitos integrados produzidos pela TSMC, também conhecidos como microchips, são fundamentais para diversas aplicações, especialmente em IA e em unidades de processamento gráfico (GPUs).

    Fontes próximas ao assunto revelaram que os Estados Unidos ordenaram que a TSMC suspendesse, a partir de segunda-feira (11), as remessas de chips avançados de 7 nanômetros ou mais sofisticados para clientes chineses, em especial para aplicações de IA. A decisão faz parte de um esforço do Departamento de Comércio dos EUA para intensificar as restrições sobre o acesso da China a tecnologias que poderiam reforçar suas capacidades militares e de segurança.

    A situação ganhou destaque após a TSMC ter comunicado ao Departamento de Comércio dos EUA que um de seus chips havia sido identificado em um processador de IA desenvolvido pela Huawei, uma empresa chinesa que enfrenta sanções dos EUA há anos. Essa descoberta contribuiu para a decisão de Washington de ampliar as restrições.

    A revista Nikkei Asia já havia noticiado anteriormente que a TSMC planejava suspender a produção de chips de alto desempenho e de IA para várias empresas chinesas, em resposta aos controles de exportação dos EUA. A medida reflete a crescente pressão de Washington sobre empresas que utilizam tecnologia norte-americana em suas produções, ampliando a abrangência das restrições impostas inicialmente em outubro de 2022. Na época, os EUA proibiram 28 empresas de tecnologia da China de acessarem chips semicondutores fabricados com tecnologia americana, medida que afetou não apenas fornecedores norte-americanos, mas também empresas em todo o mundo que fazem uso dessa tecnologia.

    Essas ações visam conter o avanço tecnológico chinês em setores estratégicos, ao mesmo tempo que alimentam um cenário de tensões crescentes na competição por supremacia tecnológica entre as duas maiores economias do mundo. O bloqueio imposto pode ter efeitos significativos no desenvolvimento de tecnologia e nas relações comerciais globais, impactando também empresas de outros países que participam dessa cadeia de produção.

    A resposta da China e das empresas envolvidas ainda é incerta, mas as implicações dessa medida poderão influenciar o futuro das relações econômicas e tecnológicas entre os Estados Unidos, Taiwan e a China.

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