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    Fake news sobre Pix desafiam o Banco Central

    No caso mais recente, nova norma da Receita sobre gastos acima de R$ 5 mil via Pix tem gerado terreno fértil para propagação de fake news

    Pix se tornou a principal modalidade de pagamentos do país (Foto: Agência Brasil )
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - O Banco Central (BC) intensifica esforços para combater a disseminação de informações falsas que envolvem seus serviços e sua atuação, especialmente sobre o Pix. Criado para facilitar a movimentação financeira no Brasil, o sistema instantâneo de pagamentos tem sido alvo frequente de fake news, comprometendo sua credibilidade e promovendo insegurança entre os usuários, relata o jornal O Globo..

    Nos últimos meses, rumores infundados sobre o Pix circularam pelas redes sociais, incluindo alegações de que o governo teria acesso irrestrito aos dados de transações realizadas e estaria planejando criar um imposto sobre seu uso. Essas alegações ganharam força após a publicação de novas normas da Receita Federal para a declaração de movimentações financeiras, alimentando o medo de um suposto "monitoramento estatal" sobre os gastos dos brasileiros.

    Esclarecimentos sobre o sigilo bancário - O BC reitera que as transações financeiras, incluindo Pix, TED e compras realizadas com cartões de crédito, estão protegidas pelo sigilo bancário, um princípio constitucional que impede o monitoramento direto das movimentações individuais. Contudo, como ocorre há anos, a Receita Federal e os fiscos estaduais podem acessar informações consolidadas sobre movimentações financeiras que superem determinados limites, como parte do combate à sonegação e evasão fiscal.

    A norma mais recente, divulgada pela Receita, amplia a obrigação das instituições de pagamento e empresas de cartão de crédito de reportar movimentações acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. A medida é uma extensão de práticas já consolidadas no sistema financeiro tradicional e não representa qualquer invasão ao sigilo individual de usuários.

    Preocupação com fuga para pagamentos opacos - O BC manifesta preocupação com os impactos negativos da desinformação, temendo que os usuários migrem para meios de pagamento menos transparentes, como o uso de dinheiro em espécie. Um dos principais benefícios do Pix foi a ampliação da digitalização financeira, reduzindo a dependência de transações físicas e promovendo maior eficiência no sistema bancário.

    O combate às fake news, portanto, é uma prioridade da instituição, que pretende intensificar sua comunicação direta com o público, oferecendo respostas rápidas e acessíveis às dúvidas levantadas em redes sociais e outros canais.

    Outros episódios de desinformação - Além do caso do Pix, o Banco Central também enfrentou situações de desinformação em 2024, como declarações falsas atribuídas ao presidente da instituição, Gabriel Galípolo. Postagens em redes sociais alegaram que Galípolo teria defendido uma suposta "moeda dos BRICS" como proteção contra o dólar, em um momento de tensão no mercado financeiro.

    Outra situação envolveu erros no sistema do Google que apresentaram cotações equivocadas do dólar, causando confusão entre investidores e afetando a percepção pública sobre o BC.

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