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“Galípolo é altamente preparado, mas ainda não estou pensando em um nome para o Banco Central”, diz Lula

Presidente voltou a criticar a taxa de juros a 10,5% ao ano: "a inflação está controlada neste país"

Gabriel Galípolo (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quarta-feira (26), em entrevista ao UOL, que o diretor do Banco Central (BC) Gabriel Galípolo é um nome “altamente preparado”, mas não quis adiantar a discussão sobre o próximo presidente do BC. “O Galípolo veio aqui para uma reunião em que a gente estava discutindo a meta inflacionária, e a gente manteve a meta que tinha, a novidade foi estabelecer a meta contínua. O Galípolo é um companheiro altamente preparado, conhece muito do sistema financeiro”, disse.

O presidente afirmou que a escolha do futuro presidente do BC não é uma prioridade no momento. “Eu ainda não estou pensando na questão do Banco Central. Vai chegar um momento em que eu vou pensar e indicar um nome para que seja presidente do Banco Central - e nao venham com chorumela, porque eu fui presidente oito anos, tive presidente do Banco Central e o [Henrique] Meirelles tinha total autonomia, porque eu não preciso de uma lei para dizer que tem autonomia, eu preciso respeitar a função do Banco Central”, afirmou.

Na sequência, Lula voltou a criticar a alta taxa de juros determinada pelo BC, que impede um maior crescimento econômico do país. ”A pergunta que eu faço é a seguinte: o Banco Central tem a necessidade de manter a taxa de juros a 10,5% quando a inflação está a 4%? O Banco Central leva em conta que as pessoas estão com dificuldade de fazer financiamento? É o seguinte: não é culpa só do Banco Central, é culpa da estrutura que foi criada. O cara não pode cuidar só da inflação. O Banco Central vai ter um plano de meta de crescimento? Eu quero controlar a inflação, mas eu quero crescer; A gente vai avançar para isso? Então eu estou com muito cuidado. Eu continuo criticando a taxa de juros - até acho que não deveria ser o presidente a criticar. Mas é preciso que os empresários do setor produtivo façam passeata contra a taxa de juros, porque são eles que estão tendo dificuldades, que não conseguem crédito, não é o governo”, defendeu

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