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    "Galípolo é o nome certo para o BC", diz Felipe Salto

    Segundo o economista, novo presidente do Banco Central realizará com maestria a tarefa de preservar o poder de compra da moeda, sem ignorar o PIB

    Gabriel Galípolo (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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    247 – Após a definição do novo presidente do Banco Central, o economista Felipe Salto, atualmente economista-chefe da Warren Investimentos, expressou seu apoio à indicação de Gabriel Galípolo para o cargo, destacando que ele é o "nome certo" para assumir a posição. A confirmação da indicação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na tarde de ontem.

    Salto, que conhece Galípolo de longa data, afirmou que o economista possui uma profunda capacidade de análise da economia nacional, aliada a uma habilidade notável de dialogar com interlocutores de diferentes matizes, sempre com o objetivo de beneficiar os propósitos a que se dedica. "A notícia de que Galípolo será indicado à presidência do Banco Central é um bom agouro", comentou Salto, confiante de que o novo presidente realizará com excelência a tarefa de preservar o poder de compra da moeda, sem perder de vista o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a geração de empregos.

    O economista-chefe da Warren Investimentos também destacou a complexidade da condução da política monetária no Brasil, sublinhando quatro requisitos essenciais para o sucesso nessa função: capacidade de comunicação, fundamentação técnica das decisões, uso dos experientes servidores da autoridade monetária e boa interlocução com o governo, o Congresso, o mercado, a academia e a chamada economia real. Segundo Salto, Galípolo está mais do que preparado para enfrentar esses desafios.

    Gabriel Galípolo já possui uma carreira consolidada, tanto no setor público quanto no privado. Ele já ocupou cargos de destaque no governo do Estado de São Paulo, presidiu o Banco Fator, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda e, atualmente, é diretor do Banco Central, onde se destaca pela sua capacidade técnica, especialmente no que diz respeito ao mercado de títulos públicos e à gestão do câmbio. "Galípolo tem demonstrado um amplo conhecimento do mercado e uma capacidade de comunicação fundamentada nos documentos oficiais, além de flexibilidade para lidar com a política", observou Salto.

    Salto também ressaltou que Galípolo, em pouco tempo, conquistou a burocracia permanente do Banco Central, conhecida por sua elevada competência técnica e capacidade analítica. "Ali, a música toca sempre afinada, sem notas amassadas e melodias confusas. Não aceita maus dançarinos", disse.

    Sobre a relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Galípolo, Salto acredita que será vantajosa para o Brasil. Ele enfatizou que é natural o presidente se preocupar com questões como o custo do crédito, o desemprego, a inflação e o crescimento econômico. Contudo, cabe aos dirigentes do BC dialogar dentro das limitações e obrigações impostas por seus mandatos.

    A nomeação de Gabriel Galípolo ainda depende da aprovação pelo Senado Federal, mas, segundo Felipe Salto, ele já se mostra preparado e forjado para o desafio de liderar o Banco Central do Brasil.

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