Haddad prepara viagem ao Oriente Médio em busca de investimentos
Missão visa consolidar Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos como aliados no comércio e no setor de investimentos
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embarca nesta sexta-feira (14) para o Oriente Médio em uma viagem estratégica para fortalecer a diplomacia econômica do Brasil com três importantes parceiros árabes: Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos (EAU). A missão, segundo o Metrópoles, visa consolidar esses países como aliados no comércio e no setor de investimentos, áreas que se tornaram cada vez mais centrais para as relações entre Brasil e Oriente Médio desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esta é a primeira viagem internacional de Haddad em 2025, ano em que ele assumiu a presidência da trilha financeira dos BRICS, um bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A presidência dos BRICS é vista como uma excelente oportunidade para estreitar laços com a Ásia e o Oriente Médio, ampliando a presença do Brasil em mercados emergentes.
O principal evento da viagem ocorrerá na Arábia Saudita, na segunda-feira (17), durante a Conferência para Economias de Mercados Emergentes, organizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Haddad participará do painel de encerramento, intitulado "Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes", moderado pela diretora-executiva do FMI, Kristalina Georgieva.
Ainda conforme a reportagem, Haddad também terá reuniões bilaterais com figuras de destaque, como o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, e o ministro das Finanças do Catar, Ali bin Ahmad Al Kuwari. A agenda das conversas irá focar principalmente em temas como a transição energética e potenciais acordos de investimentos recíprocos entre os países.
Nos últimos anos, a Arábia Saudita, o Catar e os Emirados Árabes Unidos têm se destacado como líderes no setor energético, e a diplomacia brasileira busca aproveitar esse protagonismo para aprofundar a colaboração econômica. Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, já possuem investimentos consideráveis no Brasil, enquanto a Arábia Saudita está envolvida em acordos com produtores de carne bovina brasileiros. A relação com o Catar, embora promissora, ainda não se traduziu em investimentos diretos, mas segue sendo um ponto de cooperação diplomática.
A agenda de Haddad foi planejada com uma abordagem que não dependesse de mudanças políticas globais, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. A visita reflete uma política de longo prazo, sem ser reativa a um contexto global específico. O ministro e seus assessores acreditam que os trabalhos dos BRICS, que vêm sendo realizados há quase uma década, devem seguir em frente, independentemente das circunstâncias externas.
Este é também o primeiro evento do FMI dedicado às economias emergentes a ser realizado na Arábia Saudita, o que demonstra a intenção do órgão de ampliar os espaços de diálogo e cooperação no contexto mundial.
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