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Impactos da seca e do câmbio preocupam mais que a alta de preços, diz Haddad

Ministro da Fazenda, porém, ressaltou que “no acumulado do ano, nós estamos entendendo que a inflação deve ficar dentro da meta"

Fernando Haddad em Nova York (Foto: Diogo Zacarias / MF)

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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua preocupação com o impacto da seca e do câmbio na inflação brasileira, mas afirmou que a expectativa é que os índices permaneçam dentro da meta. Em coletiva a jornalistas em Washington, Haddad comentou sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que registrou uma alta de 0,54% em outubro, após um aumento de 0,13% em setembro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Nós ainda estamos preocupados com a questão da seca, tanto em relação à energia quanto em relação a alimentos, embora os núcleos tenham apontado uma avaliação superior à esperada”, declarou Haddad, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Ele salientou que, no mês anterior, o cenário foi exatamente o oposto. “No acumulado do ano, nós estamos entendendo que a inflação deve ficar dentro da meta, e do meu ponto de vista, tem mais a ver com a questão do câmbio e da seca do que propriamente com algum impulso maior nos preços”, concluiu.

Além disso, o ministro se reuniu com representantes da agência de classificação de risco S&P, onde a conversa foi breve, mas produtiva. “Foi um pedido deles para esclarecimentos e conhecimento da posição do governo a respeito do ambiente no Brasil. Foi uma conversa rápida, mas muito boa”, relatou.

Ainda segundo a reportagem, Haddad observou que a decisão sobre uma possível melhora na classificação de risco cabe à agência, que já havia revisado positivamente a nota do Brasil no ano passado, mesmo em um cenário desfavorável nas eleições. “Eles são uma agência independente, e já fizeram uma revisão para cima da nota do Brasil no ano passado, quando a perspectiva não era essa também”, afirmou, ressaltando a dinâmica do processo de avaliação.

Na quarta-feira (23), o ministro também teve um encontro com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que serviu para resolver pendências burocráticas. “Pedi para ela (Yellen) uma atenção em relação às demandas brasileiras”, comentou Haddad.

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