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    Inflação entre 4% e 5% é "relativamente" normal para o Plano Real, diz Haddad

    "O dólar voltou a um nível adequado e caiu 10% nos últimos 60 dias. Acho que isso vai fazer com que a inflação se estabilize", disse o ministro da Fazenda

    Ministro Fernando Haddad 29/01/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado / Reuters)
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    247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 17, que a inflação no Brasil está em torno de 4% a 5% e que esse patamar é “relativamente” normal dentro do contexto do Plano Real, destacando que o País superou o período de inflação de dois dígitos. Haddad lembrou que a valorização do dólar no mercado global impactou os preços no Brasil, o que exigiu medidas de controle por parte do Banco Central, com a adoção de uma política monetária contracionista.

    Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro destacou que a recente valorização do real frente ao dólar pode contribuir para a estabilização dos preços. "O aumento das taxas será no curto prazo. O dólar voltou a um nível adequado e caiu 10% nos últimos 60 dias. Acho que isso vai fazer com que a inflação se estabilize", afirmou. Haddad participou do painel “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes” na Conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Al-Ula, na Arábia Saudita.

    Ainda durante o evento, Haddad defendeu a reforma tributária, especialmente no que diz respeito ao sistema de consumo, e reiterou que o ajuste fiscal que está sendo implementado não será recessivo. Segundo o ministro, esse ajuste contribuiu para que a economia brasileira mantenha uma taxa de crescimento próxima de 3,5% em 2024, mesmo com a elevação da taxa de juros para controlar a inflação.

    Haddad também destacou o esforço do Brasil em buscar um equilíbrio econômico sustentável, apesar dos desafios externos, como o fortalecimento do dólar, e afirmou que o País continua a trabalhar para implementar uma política fiscal responsável.

    Em sua fala, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, reforçou a relevância da resiliência econômica diante da crescente frequência de choques globais, defendendo que as economias devem ser capazes de se antecipar e absorver esses impactos, um ponto também abordado por Haddad durante o evento.

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