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Lira acena à PEC da autonomia financeira do BC

"O BC não pode perder quadros para a iniciativa privada. Esse é um tema que eu acho que é caro para o Congresso Nacional", disse o presidente da Câmara

Arthur Lira (Foto: Lula Marques/Agência Brasil )

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247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), saiu em defesa, nesta quinta-feira (18), do presidente bolsonarista do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem mantido uma taxa de juros desproporcionalmente acima da inflação e tem sido criticado pelo presidente Lula (PT) e por setores do mercado por isso. 

“Campos Neto é um presidente que tem a nossa confiança e que nunca se deixou pressionar nem ter uma imagem distorcida por um posicionamento. É muito respeitado”, afirmou Lira em entrevista ao Valor Econômico.

Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) ao cargo no BC. A entidade, em 2021, passou a ser autônoma, o que também é objeto de críticas de Lula e de setores progressistas, que entendem que a autonomia permite que o Banco tenha mais liberdade para atuar contrariamente aos interesses do governo estabelecido e da população como um todo. 

Sobre isso, Lira disse: “são embates que nem o presidente do BC nem o presidente da República deveriam entrar. A independência do Banco Central foi um projeto aprovado logo no primeiro mês de mandato [como presidente da Câmara]. Eu continuo defendendo. Penso que a saúde financeira e monetária de um país precisa de um Banco Central independente, inclusive descolado dos mandatos presidenciais”.

Por fim, o presidente da Câmara fez um aceno à nova PEC em tramitação no Congresso, que trata de aumentar a independência do BC, concedendo ao órgão autonomias financeira e orçamentária. Na prática, se tal proposta for aprovada, o banco passará a funcionar como uma empresa do direito privado. “Se precisar ajustar, nós ajustaremos. Tem a possibilidade da autonomia financeira do Banco Central, em tramitação no Senado. O BC não pode estar perdendo quadros para a iniciativa privada como vem acontecendo. Esse é um tema que eu acho que é caro para o Congresso Nacional”, pontuou Lira.

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