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    "Lula é um desenvolvimentista", diz Lindbergh

    Deputado participou de debate sobre o futuro da esquerda e afirmou que o governo Lula não tem nada de neoliberal

    Lindbergh Farias (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

    247 – Durante um debate promovido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) reforçou sua defesa do governo Lula como uma administração voltada ao desenvolvimento econômico e social, afastando-se das práticas neoliberais. Em sua fala, Lindbergh rebateu críticas de ativistas como o historiador Jones Manoel e destacou o aumento da renda dos trabalhadores e a redução da fome no país, além de afirmar que as ações do governo atual, especialmente no setor de energia e no salário mínimo, provam seu compromisso com o desenvolvimento.

    “Lula é um desenvolvimentista. Estamos tentando tirar o Brasil do neoliberalismo. Olha a Petrobras, agora tomando outro rumo. Veja o aumento real do salário mínimo”, disse Lindbergh, ressaltando que, no primeiro ano do governo, os 5% mais pobres tiveram um aumento de 38% na renda. Ele também apontou a diminuição da fome extrema no Brasil: “Eram 33 milhões de brasileiros em situação de fome severa; agora, esse número caiu para 8 milhões.”

    No entanto, o deputado fez questão de alertar para desafios importantes, como a autonomia do Banco Central, que considera uma estratégia do neoliberalismo para retirar poder do Estado: “Você tem um Banco Central autônomo, isso é parte do neoliberalismo. Tirar do Estado a soberania popular é o que está em jogo.”

    A participação de Lindbergh ocorreu em um momento de intensas discussões sobre as políticas econômicas do governo Lula e as estratégias para 2026, quando o ex-presidente deverá buscar a reeleição. Lindbergh também criticou o arcabouço fiscal, destacando que, apesar dos bons resultados em 2023, o novo teto de gastos pode comprometer áreas essenciais como saúde e educação.

    Ao final, o deputado fez um apelo por maior mobilização popular: “Nós temos que disputar com a extrema-direita, apresentar nossos valores e mobilizar o povo. O capital não quer a democracia, quer impor seu projeto. E nós precisamos falar forte sobre isso.” 

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