Margem Equatorial: Petrobras finaliza unidade de atendimento à fauna no Amapá e recebe licença para operação do centro
Construção da unidade em Oiapoque é parte do processo de licenciamento do projeto de perfuração que a Petrobras pretende iniciar na Margem Equatorial
247 - A Petrobras recebeu, na sexta-feira (4), licença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá para operação de uma Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna, localizada no município amapaense de Oiapoque.
De acordo com nota da Petrobras, a instalação funciona como um "hospital" para fauna e conta com ambulatório, salas de estabilização, atendimento, centro cirúrgico e outros espaços dedicados a atender aves, mamíferos marinhos, tartarugas, golfinhos e peixes-boi.
A construção da unidade em Oiapoque é parte do processo de licenciamento ambiental do projeto de perfuração que a Petrobras pretende iniciar em águas profundas do Amapá, na Margem Equatorial brasileira. Com a perfuração, a Petrobras pretende investigar a existência de petróleo na costa do estado.
A unidade do Amapá funcionará em sinergia com o Centro de Despetrolização e Reabilitação da Fauna já instalado em Belém-PA.
Para início da operação no Oiapoque ainda é necessária a realização de inspeção pelo Ibama. A Petrobras informou ao órgão regulador que a instalação está disponível para vistoria a partir desta segunda-feira (7).
Margem Equatorial - A margem equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos. Descobertas recentes de petróleo e gás no litoral da Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e do Suriname mostraram o potencial petrolífero da região, localizada próxima à linha do Equador.
No Brasil, se estende a partir do Rio Grande do Norte e segue até o Amapá. A Petrobras tem 16 poços na nova fronteira exploratória, no entanto, só tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima - para perfurar dois deles, na costa do Rio Grande do Norte.
A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais. O Ibama negou a licença para áreas como a da Bacia da Foz do Amazonas, identificada como FZA-M-59. O bloco se encontra a 175 quilômetros (km) da costa, em uma profundidade de 2.880 km. Apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 km da foz do rio propriamente dita.
A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da margem equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo no horizonte de dez anos.
Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis. (Com informações da Agência Brasil).
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