Ministros rebatem críticas ao aumento do diesel e projetam estabilidade de preços abaixo da média

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, rebateu nesta quarta-feira (5) as críticas ao reajuste no preço do diesel para distribuidoras, anunciado na semana passada pela Petrobras. Segundo ele, o preço não está acima da média internacional e há, inclusive, perspectiva de queda "em um futuro breve". 

“Não há motivo para dizer que o preço do diesel está acima da média, até porque nós acabamos com o preço de paridade internacional. Nós estamos sob estabilidade. Há uma perspectiva inclusive de estabilidade de preços e até de queda no futuro e eu acredito que em um futuro breve”, disse Silveira em entrevista à CNN Brasil. 

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também buscou tranquilizar, afirmando que o diesel no Brasil é “um dos mais baratos do mundo”, sem estar totalmente desconectado da paridade internacional. 

“É óbvio, e isso é muito claro, que o preço do diesel no Brasil é um dos mais baratos do mundo. E cada vez mais a gente busca ganhar a nossa competitividade. Agora não dá para desatrelar do preço internacional”, destacou Fávaro após cerimônia no Ministério dos Transportes, em Brasília, para apresentação do Plano de Escoamento da Safra 2024/2025.

No último dia 31, a Petrobras elevou em mais de 6% o preço médio do diesel para distribuidoras, para 3,72 reais por litro.

À época, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) publicou uma nota pontuando que "considera alarmante o aumento nos preços do diesel e do ICMS". A alta do preço do diesel da Petrobras ocorreu no mesmo dia em que haverá um aumento do imposto estadual ICMS de 6 centavos por litro.

Desde o início do governo Lula, em 2023, a Petrobras adota uma estratégia comercial que visa evitar repassar volatilidades internacionais ao mercado interno, considerando também seus ativos, logística e cotações internacionais, além de questões relacionadas a participação de mercado, segundo a estatal. (Com informações da Reuters).