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"O BNDES resistiu e voltou", diz Aloizio Mercadante, em resposta a Bolsonaro

Presidente do banco rebateu postagem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é um inimigo histórico da instituição e do desenvolvimento nacional

Aloizio Mercadante (Foto: LOG PRODUÇÕES/TV 247)

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247 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a ser um pilar fundamental para o crescimento do Brasil, de acordo com seu presidente, o economista Aloizio Mercadante. Em uma nota contundente, Mercadante destacou o ressurgimento do BNDES sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após um período de desmonte durante o governo anterior.

"O BNDES resistiu e voltou", afirmou Mercadante, ao rebater uma postagem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que criticou a atual gestão do banco. Bolsonaro, em sua publicação, exaltou os lucros do BNDES durante seu mandato, sugerindo que o banco funcionava de forma mais eficiente sob sua administração. No entanto, Mercadante fez questão de esclarecer as diferenças fundamentais entre os períodos, destacando que o lucro atual do BNDES reflete o fortalecimento da intermediação financeira e o apoio ao desenvolvimento econômico nacional, e não a venda de ativos, como ocorreu no passado.

No primeiro semestre de 2024, o BNDES registrou um crescimento expressivo em diversas áreas. As aprovações de crédito para a agropecuária aumentaram em 204%, para a indústria em 157%, para comércios e serviços em 90% e para infraestrutura em 66%, comparando-se com o mesmo período de 2022, último ano da gestão anterior. "Estamos vendo o BNDES cumprir sua verdadeira missão de fomentar o desenvolvimento do país, gerando emprego e renda", destacou Mercadante.

Somente para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), as aprovações totalizaram R$ 29,3 bilhões, o dobro do que foi aprovado no primeiro semestre de 2022. No total, as aprovações de crédito somaram R$ 66,5 bilhões, um aumento de 107%, enquanto as consultas subiram 146% e os desembolsos, 47%.

Mercadante também salientou a sólida saúde financeira do banco, evidenciada por uma inadimplência de apenas 0,07%, muito inferior à média do Sistema Financeiro Nacional. Além disso, o lucro líquido recorrente do BNDES aumentou em 94% em comparação com o mesmo período de 2023. "Isso mostra que estamos no caminho certo, com uma gestão que prioriza o desenvolvimento e a transparência", afirmou o presidente.

Ao abordar as críticas de Bolsonaro, Mercadante foi enfático: "No passado, o lucro líquido do BNDES foi celebrado por aqueles que não tinham mais nada a apresentar, mas ele era resultado da venda de patrimônio do banco. Agora, optamos por manter e valorizar nossa carteira de investimentos, o que resultou no recebimento de R$ 12,9 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio."

O presidente do BNDES também fez questão de ressaltar a situação encontrada no início da gestão Lula, com o banco apresentando um "funding" insuficiente e uma liquidez comprometida. "A carteira do banco no início da gestão anterior era de R$ 514 bilhões. Ao final, havia caído para R$ 479 bilhões, uma queda nominal de 7%. Estamos reconstruindo o caixa do banco, que neste semestre alcançou a marca de R$ 45 bilhões."

Em resposta à insinuação de Bolsonaro de que o BNDES sob Lula retornaria a práticas que beneficiariam apenas governos alinhados ideologicamente ao PT, Mercadante reafirmou o compromisso do banco com o desenvolvimento nacional. "Estamos ampliando o Fundo Clima, criando a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social, tudo isso com transparência e credibilidade", disse Mercadante, concluindo que o BNDES está mais forte do que nunca.

Leia a íntegra da nota divulgada por Aloizio Mercadante:

O BNDES RESISTIU E VOLTOU

No governo do presidente Lula, o BNDES voltou a ser o grande instrumento de fomento ao desenvolvimento do Brasil. No 1º semestre de 2024, o BNDES registrou um aumento de 204% nas aprovações de crédito para a agropecuária, de 157% para a indústria, de 90% para comércios e serviços e de 66% para infraestrutura, em relação ao primeiro semestre de 2022 - último ano na gestão anterior. 

Somente para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), as aprovações totalizaram R$ 29,3 bilhões, o dobro em relação ao 1º semestre de 2022.  Da mesma forma, o desempenho operacional aponta que as aprovações de crédito somaram R$ 66,5 bilhões, aumento de 107%, as consultas subiram 146% e os desembolsos 47%, no mesmo comparativo. 

Tudo isso, com uma inadimplência de 0,07%, expressivamente inferior à do Sistema Financeiro Nacional (que registrou 3,24% geral e 0,41% para grandes empresas em junho de 2024), com um aumento de 94% do lucro líquido recorrente, em relação ao mesmo período de 2023, e sendo considerada a instituição mais transparente da república por pesquisa do TCU e pela CGU.

É preciso deixar claro que, diferente da gestão anterior, o atual lucro do BNDES se deve basicamente à intermediação financeira, principal atividade de um banco de fomento, o que alavanca os investimentos e gera emprego e renda em nosso país.  No passado, o lucro líquido do BNDES, celebrados por alguns que não tem nada mais a apresentar, estava relacionado à venda de patrimônio do Banco. A opção da atual gestão de manter a carteira de investimentos do BNDES resultou no recebimento de R$ 12,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio, em razão da valoração de 32% da carteira desde o fim da gestão anterior.  

O fato é que, no início da nossa gestão, encontramos o BNDES com funding e liquidez comprometidos. A carteira do Banco no início da gestão anterior era de R$ 514 bilhões. Ao final, era de R$ 479 bilhões, uma queda nominal de 7%. 

O caixa médio do BNDES ao final do governo anterior era de apenas R$ 16 bilhões, especialmente em razão de devoluções antecipadas ao Tesouro. Estamos reconstruindo o caixa do banco que, neste semestre, alcançou a marca de R$ 45 bilhões.

Agora, alcançamos a maior carteira de crédito dos últimos seis anos e com transparência, credibilidade e inovações importantes para captação de recursos sem impacto primário, como a ampliação do Fundo Clima, a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o Fundo Investimento em Infraestrutura Social. O BNDES resistiu e voltou!

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES

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