"O Brasil não pode continuar exportando apenas commodities para a China", diz Lula
Presidente também afirmou que a China colocou o capitalismo a serviço de 1,3 bilhão de pessoas e exaltou a parceria com o Brasil
247 – Durante a entrevista coletiva aos correspondentes internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a necessidade de ampliar a relação econômica do Brasil com a China além da mera exportação de commodities. Segundo Lula, o objetivo é fortalecer uma "parceria estratégica que envolva ciência, tecnologia, produção de chips e software", visando uma relação mais profunda e mutualmente benéfica entre os dois países.
O presidente brasileiro expressou otimismo com a próxima visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, destacando a celebração dos 50 anos de relações diplomáticas e comerciais entre os dois países. Lula relembrou que foi durante seu primeiro mandato que o Brasil reconheceu a China como economia de mercado, uma decisão estratégica para integrar a China mais efetivamente à economia global e à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Lula elogiou a transformação econômica da China, que utilizou o capitalismo para melhorar a vida de sua população, afirmando que "a verdade é que a China fez com que o capitalismo fosse utilizado em benefício de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas". Ele salientou a capacidade de aprendizado e inovação da China, que transformou o país em uma potência global em várias áreas industriais e tecnológicas.
Além disso, o presidente Lula reiterou sua posição contrária a uma nova Guerra Fria, defendendo a liberdade comercial e diplomática entre as nações. Ele destacou a importância estratégica da relação Brasil-China não apenas para os dois países, mas como um modelo de cooperação que pode evitar tentativas de domínio geopolítico por grandes potências.
Esta abordagem, segundo Lula, é crucial para que o Brasil possa aprender com o modelo de desenvolvimento chinês e, assim, aplicar lições similares para promover o crescimento e a inovação no próprio território. A meta é clara: transformar o Brasil em um país que não apenas exporta matérias-primas, mas que também possa competir no alto escalão da economia global com produtos de alto valor agregado.
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