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O Brasil não terá superávit fiscal sustentável com a atual taxa de juros, diz Marcio Pochmann

Presidente do IBGE aponta que o País transferiu R$ 776 bilhões aos rentistas nos últimos doze meses

Marcio Pochmann (Foto: Reprodução/TV 247)

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Por Marcio Pochmann, no X – A taxa básica de juros reais no Brasil segue praticamente intacta.

Ainda que a Selic tenha caído nominalmente, ela praticamente acompanhou a queda da inflação que ocorreu mediante a diminuição da taxa nacional de desemprego e a subida da renda média per capita.

Com a prevalência da exorbitante taxa real de juros, as duas faces da mesma moeda seguem reproduzindo os mesmos males sobre a economia nacional.

De um lado, o exuberante acúmulo dos lucros bancários. Só em 2023, por exemplo, os bancos atingiram novo recorde com R$ 144 bilhões em lucros.

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De outro, o ralo do orçamento público gerado com o pagamento de juros do endividamento. Nos 12 meses anteriores a abril de 2024, por exemplo, o governo federal transferiu o acumulado de R$ 776,3 bilhões (7,0% do PIB), enquanto nos 12 meses até abril de 2023, o montante com juros foi de R$ 659,5 bilhões (6,3% do PIB).

Neste cenário, dificilmente pode haver superávit fiscal sustentável, tampouco a redução do grau de endividamento público, salvo a destruição do setor público com aprofundamento do subdesenvolvimento e da dependência externa.

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