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      Petróleo: Brent e WTI sobem mais US$1 com possível restrição à produção do Irã

      Alta do petróleo reflete tensão entre EUA e Irã e escalada tarifária entre Washington e Pequim, que ameaça desacelerar o comércio global

      Bomba de petróleo na França (Foto: Pascal Rossignol)
      Luis Mauro Filho avatar
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      Por Erwin Seba

      (Reuters) - O petróleo Brent e o West Texas Intermediate subiram mais de US$1 nesta sexta-feira, depois que o Secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, disse que os EUA poderiam acabar com as exportações de petróleo do Irã, como parte de um esforço para levar a República Islâmica a um acordo sobre seu programa nuclear.

      Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam a US$64,76 por barril, com alta de US$1,43, ou 2,26%. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) fechou a US$61,50 por barril, com alta de US$1,43, ou 2,38%.

      "A aplicação rigorosa de restrições sobre exportações de petróleo do Irã reduziria a oferta global", disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates. "Suspeito que a China continuará a comprar petróleo do Irã."

      Os comentários de Wright proporcionaram um impulso de alta para os preços do petróleo, após as oscilações voláteis dos preços nesta semana, quando o novo regime tarifário do presidente dos EUA, Donald Trump, forçou os comerciantes a reavaliar os riscos geopolíticos enfrentados pelo mercado de petróleo.

      "O fato de os EUA serem um risco geopolítico é algo novo para o mercado", disse John Kilduff, sócio da Again Capital. "Teremos essa reordenação do tabuleiro de xadrez, como aconteceu depois que a Rússia invadiu a Ucrânia."

      A China anunciou nesta sexta-feira que imporá uma tarifa de 125% sobre os produtos norte-americanos a partir de sábado, acima dos 84% anunciados anteriormente, depois que Trump aumentou as tarifas contra a China para 145% na quinta-feira.

      Trump suspendeu esta semana tarifas pesadas contra dezenas de outros parceiros comerciais, mas uma disputa prolongada entre as duas maiores economias do mundo provavelmente reduzirá os volumes de comércio global e interromperá rotas comerciais, pesando sobre o crescimento econômico global e reduzindo a demanda por petróleo.

      (Reportagem de Erwin Seba, Robert Harvey e Sudarshan Varadhan, reportagem adicional de Arunima Kumar)


       

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