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    Reforma tributária e "crédito na veia" vão ampliar o PIB potencial do Brasil, diz Haddad

    “A reforma tributária vai aumentar em pelo menos 0,5% o nosso crescimento. O crédito vai mais um tijolinho”, disse o ministro da Fazenda

    Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

    247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o papel crucial da reforma tributária e da ampliação do acesso ao crédito como pilares para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Segundo Haddad, a reforma tributária poderá impulsionar o crescimento anual em pelo menos 0,5%, acrescentando que "o crédito vai mais um tijolinho" nessa construção.

    “A reforma tributária vai aumentar em pelo menos 0,5% o nosso crescimento anual. Se o Brasil hoje crescer 2,5% ou 3%, põe mais 0,5% em cima por conta da reforma tributária”, disse o ministro no lançamento do programa "Acredita", iniciativa voltada a famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), nesta quinta-feira (18).

    Haddad também ressaltou que a questão do crédito é “vital”, equiparando sua importância à educação e à infraestrutura na emancipação econômica das pessoas. “As pessoas precisam de crédito barato porque ele é o caminho da emancipação. Uma pessoa que é inovadora e nasce pobre, como ela vai fazer com a criatividade dela? Se ela não tiver um caminho, vai desperdiçar o conhecimento que acumulou e quem vai perder somos todos nós”, completou.

    O ministro ainda fez um apelo por reformas abrangentes, que incluam não apenas a tributária, mas também mudanças no sistema de crédito e melhorias na logística. Ele mencionou a urgência da aprovação de um projeto de lei que visa alavancar a poupança interna, o que é essencial para o crescimento sustentável do Brasil. “Essas macro reformas que temos feito - tributária, de crédito, de logística - tudo isso está em linha com o nosso desejo de colocar nossa potencialidade de crescimento em um patamar superior”, afirmou.

    Haddad também ressaltou a necessidade de o Brasil superar o crescimento abaixo da média mundial, fenômeno observado nos últimos dez anos antes da posse do presidente Lula em 2023. “Nós deixamos a 10ª e já estamos em 8º lugar entre os maiores PIB do mundo. Não podemos nos conformar em crescer abaixo da média mundial”, disse.

    Além disso, Haddad destacou que não existe uma solução mágica para os problemas de desenvolvimento médio do país. “Nós temos que colocar o povo para estudar em boas universidades, colocar comida na mesa do trabalhador, abrir linhas de crédito que sejam baratas o suficiente para as pessoas sonharem em empreender”, comentou, frisando a importância de um ecossistema adequado ao empreendedorismo e ao trabalhador.

    Em relação ao futuro, o ministro afirmou que o governo está comprometido em criar um ambiente de confiança no Brasil. “Esse programa se chama ‘Acredita’. Nós temos condições de oferecer um ambiente hoje em que as pessoas possam acreditar no Brasil e vencer os desafios que estão colocados”, concluiu. 

    Programa "Acredita" - O programa oferece crédito para trabalhadores informais, pequenos produtores rurais e microempreendedores individuais (MEIs), com o objetivo de estimular o empreendedorismo e melhorar as condições de vida dessa parcela da população.

    Com uma previsão de R$ 500 milhões destinados ao financiamento, o programa é mais uma ação do governo para promover a inclusão financeira e o fortalecimento da economia local. O "Desenrola Pequeno Negócio" e a linha de crédito Procred360 são outras iniciativas complementares que buscam facilitar a renegociação de dívidas e a concessão de crédito para empresas de pequeno porte.

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