Reginaldo Lopes critica ala do PT por ataques a Haddad: “nem Bolsonaro enfraqueceu Guedes”
Vice-líder do governo na Câmara defende ministro da Fazenda e diz que Haddad é nome forte para eventual sucessão de Lula em 2026
247 - Durante entrevista exibida no programa Canal Livre no último domingo (23), o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao rebater críticas que partem de setores do próprio Partido dos Trabalhadores, destaca reportagem da Band.
Alvo constante de pressões internas desde o início de 2024, Haddad tem enfrentado resistência por parte de dirigentes petistas, parlamentares da base e movimentos sociais, que se opõem às medidas de contenção de gastos adotadas pelo ministro na tentativa de equilibrar as contas públicas e cumprir as metas do novo arcabouço fiscal. Em novembro do ano passado, PT, partidos de esquerda e organizações civis chegaram a divulgar um manifesto conjunto contra as políticas de ajuste fiscal encampadas por Haddad e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Lopes, no entanto, fez questão de elogiar o trabalho do titular da Fazenda e criticou o comportamento de parte da legenda. “É um erro de parte do PT achar que pode atacar o ministro da Fazenda. Não existe governo forte com o ministro enfraquecido. Nem o Bolsonaro, fora da caixinha, enfraquecia nunca o Paulo Guedes. Ele está fazendo um excelente trabalho, o ministro Fernando Haddad”, declarou.
Ao ser questionado pela jornalista Thays Freitas sobre eventuais nomes para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, caso ele opte por não disputar novo mandato, Lopes apontou Haddad como um possível candidato com trajetória consistente e reconhecida dentro e fora do partido.
“Eu acho que ele [Haddad] tem um potencial. Ele chegou ao segundo turno [em 2018], numa conjuntura extremamente desfavorável. [Após perder, em primeiro turno, a reeleição para a prefeitura de São Paulo] ele foi para a campanha presidencial, perdeu por 10 milhões e chegou ao segundo turno. Chegou ao segundo turno, em São Paulo. Então, ele é um quadro [para substituir Lula]”, afirmou.
As declarações do deputado reforçam a ala governista que aposta na permanência de Haddad à frente da Fazenda, mesmo em meio às turbulências políticas internas. Ao compará-lo com Guedes — ministro da Economia durante o governo Bolsonaro — Lopes buscou evidenciar a importância da coesão entre o chefe do Executivo e seu principal articulador econômico.
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