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"Responsabilidade fiscal é um compromisso desse governo", diz Lula no lançamento do Plano Safra

"Aqui nesse governo a gente aplica o que é necessário, mas a gente não joga dinheiro fora", disse o presidente em meio às acusações de supostos gastos excessivos em sua gestão

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Lula (PT) reafirmou o compromisso de seu governo com a responsabilidade fiscal durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025 para a agricultura familiar nesta quarta-feira (3), no Palácio do Planalto. "A gente vai ter uma política econômica que vai fazer esse país crescer, a gente vai continuar fazendo transferência de renda e a gente, ao mesmo tempo, vai continuar com a responsabilidade que sempre tivemos. Aqui nesse governo a gente aplica o dinheiro que é necessário, gasta com educação e saúde aquilo que é necessário, mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso desse governo e a gente manterá ele à risca".

O Plano Safra 2024/25 conta com R$ 475,56 bilhões em recursos para financiamentos na agricultura empresarial e familiar. Esse valor representa um aumento de 9% em relação à safra anterior, que foi de R$ 435,8 bilhões. O plano irá alocar R$ 400,585 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 74,98 bilhões para a agricultura familiar. Lula classificou a linha de crédito destinada à agricultura familiar como "exuberante". "Pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pôde fazer. Ele foi feito de forma interativa, coletiva. Muita gente participou, muita gente deu palpite. Eu quero agradecer ao pessoal da Fazenda, que teve a sensibilidade de perceber que a agricultura familiar tem uma importância muito grande para esse país".

O presidente pediu que os produtores rurais fiscalizem a liberação dos recursos destinados pelo governo federal. "A gente anunciou tudo isso aqui, a imprensa registrou, eu assinei decreto. Está tudo formalizado e tudo legalizado. Agora é importante que as coisas funcionem. E para elas funcionarem, vocês têm que ser os fiscais. A imprensa pode ajudar a fiscalizar, os deputados podem ajudar, os senadores, os usuários podem ajudar a fiscalizar em tempo real. É importante quando uma coisa não dar certo, que vocês forem no banco e o cara do banco ficar enrolando vocês, é muito importante que a gente saiba disso em tempo real para a gente poder tomar providência".

"A gente fica lendo jornal todo dia. Você fica vendo perspectiva de ter alta no preço dos alimentos. Um dia desses estava vendo uma fotografia antiga de um companheiro que planta tomate e o preço do tomate estava barato, e ele ficou jogando tomate para os animais dele comerem. Nós precisamos mudar de comportamento. Primeiro a gente tem que incentivar as pessoas a produzirem para que nunca mais a gente coloque na primeira página do jornal o chuchu como responsável pela inflação, o tomate como responsável pela inflação. Essas coisas aumentam em função de determinadas intempéries, quando tem seca, quando chove demais. Então o que nós precisamos ter cuidado é o seguinte: a gente tem que incentivar as pessoas a plantarem o máximo possível e garantir às pessoas que na hora da colheita a gente não vai deixar eles terem prejuízo porque plantaram demais. O governo tem que garantir o pagamento correto para que aquelas pessoas possam fazer os seus produtores chegarem aos supermercados. Se a gente fizer isso, se a gente comprar as máquinas, se a gente produzir mais leite, mais queijo, plantar mais tomate, pepino, chuchu, não vai ter inflação de alimento, gente. A inflação de alimentos se dá quando a gente produz menos que a demanda e começa a ter escassez no supermercado, e aí cada pessoa pede o preço que quiser. Mas se a gente tiver a produção correta não faltará produto no supermercado, ninguém precisa aumentar o preço. ‘Ah mas e se eu produzir o pepino e não der lucro, o que eu faço?’. O governo está acostumado a lidar com pepino. O governo vai cuidar para que o plantador de pepino não tenha prejuízo. É simplesmente isso”, finalizou.

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