Roberto Campos Neto desmoralizou a autonomia do BC, diz Lindbergh Farias
O deputado falou durante o evento da TV 247 que discutiu a proposta de emenda à Constituição que visa dar mais autonomia ao Banco Central
247 – O deputado federal Lindbergh Farias (PT) participou de um evento em Brasília promovido pela TV 247, que discutiu a proposta de emenda à Constituição destinada a ampliar a autonomia do Banco Central (BC), inclusive nos aspectos orçamentário e financeiro. O evento, intitulado "Autonomia do Banco Central: Um Balanço e os Próximos Passos: A PEC 65 e Seus Impactos Econômicos, Sociais e Jurídicos", foi realizado em parceria com a TV Conjur e o Grupo Prerrogativas, com o apoio de Vallya e Cerrado Asset.
A PEC 65 visa transformar o Banco Central em uma empresa pública, concedendo-lhe ainda mais independência do Executivo. O senador Vanderlan Cardoso é o primeiro signatário da proposta, que já conta com o apoio do relator, senador Plínio Valério. No entanto, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a análise da proposta para após as eleições municipais.
Durante o evento, Lindbergh Farias criticou a autonomia do Banco Central, afirmando que a influência do mercado financeiro sobre as decisões da instituição “não existe em lugar nenhum no mundo”.
"O balanço dessa primeira experiência de autonomia do BC é altamente negativo. Primeiro, tem um déficit democrático. Lula foi eleito pelo povo. Seja Lula, ou um candidato ultraliberal, é necessário ter condições de executar a política econômica", afirmou.
Ao comentar a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, o deputado ainda afirmou que o atual presidente da instituição "parece conduzir uma política de sabotagem". O parlamentar fez essa declaração ao mencionar a relação de Campos Neto com o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), responsável pela indicação dele ao cargo.
"Roberto Campos Neto desmoralizou a autonomia do BC. Não dá para aceitar que ele desenvolveu um modelo agregador de pesquisa para o Jair Bolsonaro. Foi flagrado participando de um grupo de WhatsApp com ministros do Bolsonaro. Aquele encontro com Tarcísio, aquele convescote político. Isso não existe em lugar nenhum. Não é um técnico neutro, foi indicado por Jair Bolsonaro e parece conduzir uma política de sabotagem", disse.
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