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'Taxa das blusinhas' ficou "justa", diz Luiza Trajano

"Você pode comprar uma camisa mais barata com a isenção, mas você tira o emprego que vai fazer as pessoas terem o dinheiro para comprar a camisa", disse a empresária

Luiza Trajano (Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell)

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247 - Em um evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a empresária Luiza Trajano, fundadora da rede Magazine Luiza, manifestou satisfação com a nova taxação de importações aprovada pela Câmara dos Deputados. A medida, que estabelece um Imposto de Importação de 20% para compras internacionais de até US$ 50, representa, segundo Trajano, um avanço significativo para a proteção das pequenas e médias empresas brasileiras.

"Isso não afeta o Magazine, nosso ticket médio é maior", afirmou Trajano em entrevista ao jornal O Globo. "minha luta é pela pequena e média empresa. Afetou profundamente as pequenas e médias empresas de indústrias de confecção. Ficou os 20%, e ficamos felizes, é mais justo. Você pode comprar uma camisa mais barata com a isenção, mas você tira o emprego que vai fazer as pessoas terem o dinheiro para comprar a camisa", complementou.

Até então, as compras internacionais de até US$ 50 estavam isentas de tributação, facilitando a entrada de produtos estrangeiros a preços reduzidos no mercado brasileiro. A nova regra, que aguarda a sanção do presidente Lula (PT), inclui não apenas o Imposto de Importação de 20%, mas também a manutenção de 17% de ICMS, semelhante ao que já é aplicado hoje.

A aprovação dessa taxação é vista como uma forma de equilibrar a concorrência entre produtos nacionais e importados, um pleito antigo de empresários brasileiros que enfrentam desafios para competir com preços estrangeiros devido à carga tributária local.

Trajano destacou que a medida é particularmente significativa para o setor de confecção, onde pequenas e médias empresas têm sofrido com a concorrência de produtos importados a baixo custo. Para a empresária, a justiça da nova regra está em permitir que as empresas locais mantenham empregos e possam competir de forma mais justa com os importados. "Se mantivessem a isenção dos importadores até US$ 50, que dessem a mesma isenção até US$ 50 para nós", argumentou. "Passou os 20%, não era o ideal, mas tem alguma coisa para brigar de igual para igual".

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