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    Tebet defende mudança na lei do Banco Central para evitar 'estresse'

    "Lei de autonomia do BC", sancionada por Bolsonaro, garantiu mandatos fixos ao seu presidente em formato intercalado para um mandato de quatro anos, com direito a uma recondução

    Simone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

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    247 - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu nesta terça-feira (2) uma revisão na legislação sobre o Banco Central. Ela argumentou que o modelo atual, no qual o mandato do presidente da autoridade monetária não coincide com o do presidente da República, 'cria estresse'.

    “Eu apoio a autonomia do Banco Central. Acho que é saudável a autonomia, mas eu questionei esses dois anos de um presidente de um Banco Central de [um] governo passado. Acho que um ano é mais do que suficiente. É o tempo de se adequar e passar o bastão”, disse Tebet após participar de uma sessão no Senado, conforme citado pela CNN Brasil

    “Mas, realmente, dois anos, eu acho que cria esse estresse, cria esse ruído”, acrescentou a titular da pasta. 

    O Banco Central, e principalmente Campos Neto, têm sido alvo de reiteradas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta terça-feira, Lula afirmou que o país vive um ataque especulativo e disse que o governo fará "alguma coisa" em relação à alta do dólar ante o real. Ele também voltou a criticar Campos Neto, que tem, segundo ele, tem "viés político", ressaltando que o BC não pode estar a serviço do sistema financeiro. 

    Chefe da autarquia financeira, Campos Neto disse recentemente que aceitaria o cargo de ministro da Fazenda em um eventual governo comandado por Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Enquanto isso, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 10,5%, encerrando um longo ciclo de cortes moderados nos juros básicos. 

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