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"Ações de Israel devem ser classificadas como invasão e genocídio", diz José Genoino

Ex-presidente do PT analisa a escalada da guerra no Oriente Médio e o papel das grandes potências no apoio a Benjamin Netanyahu

(Foto: ABR | Reuters )

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247 – Em uma análise aprofundada durante o programa Conversa de Política, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino, expressou suas preocupações sobre a crescente tensão no Oriente Médio, especialmente com as ações recentes de Israel contra o Líbano e a Palestina. Genoino criticou duramente a condução do governo de Benjamin Netanyahu, que, segundo ele, está promovendo uma "política de genocídio e terrorismo", com o apoio tácito dos Estados Unidos e de outras grandes potências ocidentais.

“A guerra está escalando perigosamente, e as incursões terrestres de Israel não podem ser vistas de outra forma senão como uma invasão e um ato de genocídio”, disse Genoino. O ex-presidente do PT ainda apontou o apoio declarado dos Estados Unidos a Israel como uma das principais razões para o aumento da violência na região. "O aval do governo americano é preocupante. O próprio presidente Biden chegou a afirmar que os bombardeios no Líbano são uma questão de justiça, o que só agrava a situação", comentou.

Genoino também refletiu sobre o enfraquecimento das instituições internacionais, como a ONU, que, segundo ele, têm sido impotentes diante da escalada de conflitos. "A Assembleia Geral da ONU, que deveria ser um espaço de defesa da paz, mostrou sua falência em lidar com um mundo que não é mais unipolar, mas multipolar", afirmou.

Outro ponto de destaque na análise de Genoino foi a crescente influência das bigtechs no contexto das guerras contemporâneas. Para ele, há uma aliança perigosa entre o governo de Israel, o complexo militar dos Estados Unidos e as grandes empresas de tecnologia. "As bigtechs hoje são parte integrante dessa visão belicista. Elas ajudam a definir alvos e promovem a vigilância, tornando-se cúmplices na perpetuação dos conflitos", alertou.

Em sua fala, Genoino também mencionou a postura da China e da Rússia, que têm adotado uma posição de expectativa diante dos eventos, mas que, segundo ele, deverão adotar uma postura mais contundente em breve. Para o ex-presidente do PT, o Brasil, sob a liderança de Lula, precisa assumir um papel mais ativo na política internacional, fortalecendo alianças com os BRICS e promovendo uma integração latino-americana para ampliar sua relevância no cenário global. "A diplomacia brasileira precisa de escolhas mais certeiras. O Brasil precisa se preparar para uma radicalização do cenário internacional e fortalecer suas alianças com os países do Sul global", concluiu Genoino.

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