247 - Durante sua entrevista ao programa Bom Dia 247, Breno Altman analisou a escalada de tensões entre Israel e o Irã após o assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, em território iraniano. Segundo Altman, “Israel evidentemente deseja a regionalização do conflito, entre outros motivos, porque o embate direto entre Israel e Irã levará os Estados Unidos e a Europa a se manterem aliados incondicionais de Israel contra o eixo da resistência islâmica. Israel aposta na regionalização para preservar o grau de apoio que recebe dos EUA e também da Europa. Essa é a aposta do governo Netanyahu.”
Para Altman, o Irã enfrenta um dilema estratégico após o ataque em seu território. “Embora saiba que a regionalização do conflito é de interesse do Estado de Israel, o Irã está em uma situação em que não pode deixar de responder ao ataque de Israel, sob o risco de se desmoralizar junto aos demais países muçulmanos, junto à resistência palestina e junto aos seus próprios inimigos, esse eixo ocidental liderado pelos EUA.”
Altman argumenta que a resposta iraniana é inevitável e pode ser significativa. “O Irã obrigatoriamente terá que responder e não será uma resposta telegrafada, como foi quando Israel assassinou um alto oficial do Irã na Síria. Dessa vez, o assassinato de Ismail Haniyeh aconteceu em Teerã. Um ataque dentro do próprio território iraniano é uma humilhação que não pode ficar sem resposta.”
O analista destacou, no entanto, que o Irã também precisa considerar o cenário global antes de agir. “O Irã estuda seus passos, precisa calcular bem para não ficar isolado do ponto de vista diplomático. O país depende do aval de Rússia e China para desencadear uma guerra e sustentar um conflito desse porte. Os sinais da Rússia e da China são de cautela, porque um conflito desse tipo poderia desencadear uma escalada mundial.”
Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

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Entrevistas

“Irã está em uma situação em que não pode deixar de responder ao ataque de Israel”, diz Altman

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca disse que está "profundamente preocupada" com o ataque aéreo israelense a um complexo escolar na cidade de Gaza neste sábado, que, segundo autoridades da defesa civil local, matou cerca de 100 pessoas, engrossando as condenações ao ataque feitas por vários países árabes, pela Turquia, pelo Reino Unido e pelo chefe de política externa da União Europeia.
O complexo escolar na cidade de Gaza abrigava famílias palestinas deslocadas. O Serviço de Emergência Civil de Gaza, que tem um histórico confiável na declaração de números de vítimas, afirmou que cerca de 100 pessoas foram mortas no ataque deste sábado. Israel disse que cerca de 20 militantes estavam operando no local.
Vídeos do local mostram partes de corpos espalhadas entre os escombros e mais corpos sendo retirados e sob cobertores.
"Estamos profundamente preocupados com os relatos de vítimas civis em Gaza após um ataque das Forças de Defesa de Israel a um complexo que incluía uma escola", disse a Casa Branca em um comunicado, acrescentando que Washington estava em contato com Israel para obter mais informações.
"Sabemos que o Hamas tem usado escolas como locais para se reunir e operar, mas também dissemos repetidamente e de forma consistente que Israel deve tomar medidas para minimizar danos aos civis", acrescentou a Casa Branca.
O comunicado da Casa Branca também afirmou que "um número muito grande de civis continua sendo morto e ferido" na guerra em Gaza e reiterou seus apelos por um cessar-fogo.

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Mundo

EUA dizem estar "profundamente preocupados" com ataque israelense a escola em Gaza

CAIRO/GAZA (Reuters) - Pelo menos 16 pessoas foram mortas em um ataque israelense contra uma escola que abriga famílias palestinas desalojadas em Al-Nuseirat, na região central de Gaza, neste sábado, segundo o Ministério da Saúde e a agência de notícias oficial palestina.
O Exército israelense afirmou que está analisando o relato.
O Ministério da Saúde disse que o ataque contra a escola matou pelo menos 16 pessoas e feriu mais de 50.
Mahmoud Basal, porta-voz do Serviço de Emergência Civil de Gaza, disse que a quantidade de mortos pode aumentar porque muitos dos feridos estão em condição crítica.
O ataque contra a escola significa que nenhum lugar no enclave é seguro para as famílias que deixaram suas casas em busca de abrigo, afirmou ele em um comunicado.
Al-Nuseirat, um dos oito históricos campos de refugiados da Faixa de Gaza, foi o local de uma intensa perseguição de Israel neste sábado. Um ataque aéreo mais cedo contra uma casa no acampamento matou pelo menos 10 pessoas e feriu muitas outras, de acordo com os médicos.
Em sua atualização diária de pessoas mortas na guerra de quase nove meses, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que os ataques militares israelenses ao redor do enclave mataram pelo menos 29 palestinos nas últimas 24 horas e feriram outros 100.
Entre os mortos em ataques aéreos separados, havia cinco jornalistas locais. A contagem de jornalistas mortos desde 7 de outubro subiu para 158, segundo o gabinete da imprensa do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.

Uma mulher palestina, Fatima Bashir, e suas netas sentam-se ao lado dos restos de sua casa, que foi destruída em ataques aéreos israelenses

Ataques israelenses matam 16 em escola que abriga moradores de Gaza desalojados, dizem autoridades

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Revista Brasil 247

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