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"Crescimento de Pablo Marçal reflete a força que a extrema-direita tem na sociedade", diz Rui Costa Pimenta

Presidente da PCO também avalia que a extrema-direita não depende mais de Jair Bolsonaro

(Foto: Divulgação)

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247 – Durante uma entrevista concedida à TV 247, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), fez uma análise profunda sobre o cenário político atual, destacando o fenômeno do crescimento de Pablo Marçal, que agora aparece entre os líderes na disputa para a prefeitura de São Paulo, conforme apontam as pesquisas recentes, como a do Datafolha. Para Rui, esse crescimento "reflete a força que a extrema-direita tem na sociedade", demonstrando que o bolsonarismo não está mais atrelado exclusivamente à figura de Jair Bolsonaro.

Rui Costa Pimenta argumenta que "Jair Bolsonaro fez um esforço para ir para o centro", buscando alianças que pudessem ampliar sua base, como a que ele fez com o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. No entanto, esse movimento estratégico acabou por abrir espaço para que novos líderes de extrema-direita surgissem, como é o caso de Pablo Marçal. "Ele descobriu o flanco direito e aí apareceu o Pablo Marçal", explicou Rui, destacando que isso ilustra um erro da esquerda ao tentar combater a extrema-direita exclusivamente por meio do Poder Judiciário. "Se sai Bolsonaro, aparece outro, como esse Pablo Marçal", alertou o líder do PCO.

Na visão de Rui Costa Pimenta, a ascensão de figuras como Marçal evidencia que "não existe monopólio na extrema-direita", e que o problema não é Jair Bolsonaro em si. "Fica claro que não é Bolsonaro o problema. Não é Bolsonaro quem criou o bolsonarismo. Foi a extrema-direita que criou o Bolsonaro", afirmou. Para ele, isso mostra que a extrema-direita é uma força que se adapta e encontra novas lideranças para representar seus interesses, independentemente de Bolsonaro.

Embora reconheça a força de Marçal, Rui avalia que "é possível que Marçal vença, mas é difícil", principalmente devido à falta de um aparato eleitoral consolidado. "Ele não tem aparato eleitoral", ponderou. No entanto, Rui ressalta que Marçal pode contar com o apoio significativo de empresários, o que não deve ser subestimado. "De modo geral, os empresários são de extrema-direita", observou.

Rui Costa Pimenta também comentou sobre a estratégia de Bolsonaro ao apoiar Ricardo Nunes, que atualmente enfrenta dificuldades na campanha, aparecendo atrás de Marçal nas pesquisas. Para Rui, esse movimento mostra a perda de influência de Bolsonaro dentro da própria extrema-direita. O apoio de Bolsonaro, que antes era visto como crucial, agora parece ter perdido força. "Isso mostra o erro da esquerda de combater a extrema-direita pelo Poder Judiciário", reiterou, indicando que a raiz do problema é mais profunda do que a simples figura de Bolsonaro. 

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