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    "Pablo Marçal não é apenas antipolítico; ele representa a destruição de qualquer possibilidade de diálogo"

    O professor João Cezar de Castro Rocha analisa o fenômeno Pablo Marçal e traça diferenças entre ele e Jair Bolsonaro

    (Foto: Divulgação )

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    247 – Em entrevista à TV 247, o escritor e historiador João Cezar de Castro Rocha abordou as recentes tensões entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo. Rocha destacou que é um erro interpretar Marçal como uma simples continuação de Bolsonaro. "É um enorme equívoco, tanto lógico quanto político, imaginar que Pablo Marçal é uma espécie de Bolsonaro. Jair Messias Bolsonaro, por exemplo, não terceiriza o comando de suas redes sociais; pelo contrário, ele tem um domínio absoluto sobre elas. Esse não é o caso de Pablo Marçal", afirmou.

    Rocha explicou que Marçal se distancia de Bolsonaro em sua visão política, chegando a desprezar o ex-presidente. "Pablo Marçal despreza Bolsonaro e o considera fraco, achando inaceitável que Bolsonaro não tenha sido reeleito mesmo tendo as rédeas do poder em suas mãos. Em nenhuma circunstância ele representa uma continuidade com Bolsonaro", destacou.

    O historiador comparou Marçal ao modelo político de Javier Milei, da Argentina, enfatizando o caráter destrutivo de sua abordagem. "Milei e Paulo Marçal representam a ideia de 'queimar navios' e 'destruir pontes'. Eles não são apenas antipolíticos ou antissistema; eles simbolizam a destruição completa de qualquer possibilidade de política", explicou. Rocha acrescentou que Marçal não apenas rejeita a política tradicional, mas "representa a destruição de qualquer possibilidade de diálogo entre diferentes, de criação de acordos entre diversos grupos."

    Rocha concluiu que a ascensão de Marçal deve ser vista com preocupação. "É importante ressaltar que ele não é, de forma alguma, uma continuação ou renovação de Bolsonaro; ele é uma oposição ao Bolsonaro. O que isso significa como fenômeno? É algo muito preocupante, e precisamos estar atentos e reagir à altura", alertou. Assista: 

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