TV 247 logo
    HOME > Entrevistas

    "É impossível Bolsonaro não ser preso", diz Lindbergh sobre 2025

    "Agora, a gente tem que ter mobilização na sociedade”, cobra o deputado, que também defende mudanças na relação entre a política e as Forças Armadas

    Lindbergh Farias | Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | REUTERS/Bernadett Szabo)
    Guilherme Levorato avatar
    Conteúdo postado por:

    247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), próximo líder de seu partido na Câmara dos Deputados, disse à TV 247 considerar “impossível” que Jair Bolsonaro (PL) não seja preso em 2025, em consequência dos desdobramentos do inquérito da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. “É impossível Bolsonaro não ser preso. Mesmo se tivesse alguém no Supremo querendo aliviar, não dá. São muitas provas, são os depoimentos dos comandantes do Exército e da Aeronáutica do próprio Bolsonaro falando que foi ele”.

    O deputado cobrou, porém, que haja mobilização popular pressionando pela prisão de Bolsonaro, visto que seus apoiadores puxarão a corda no sentido oposto, visando a liberdade de Bolsonaro e a preservação do poder político da extrema direita para 2026. “A gente tem que ter mobilização na sociedade, porque eles vão tentar fazer um movimento pelo outro lado. Tudo que o Bolsonaro faz hoje é para tentar se livrar desta prisão”.

    Forças Armadas - Ainda sobre a tentativa de golpe, o deputado citou o envolvimento de militares na trama e lembrou que, diferentemente do período de redemocratização pós-ditadura militar, desta vez o país precisa punir os oficiais envolvidos em ilegalidades. “Que a Justiça comum puna os responsáveis, prenda. Acho que isso é uma lição histórica muito importante”.

    Ele ainda defendeu que o governo Lula (PT) e sua base no Congresso atuem para “afastar definitivamente os militares da vida política”. “A gente tem que mexer. Tem um projeto do [Carlos] Zarattini, uma PEC, que mexe naquela definição do artigo 142 da Constituição, do qual eles fazem uma leitura de que ali os militares poderiam jogar um espaço de poder moderador. Creio que no julgamento do Supremo a gente tem que aproveitar, também no parlamento e no governo, para fazer uma limpa, afastar da política”. 

    Lindbergh também citou a necessidade de “fortalecer” militares legalistas, isolando na caserna grupos que mantenham afinidade com a extrema direita e o bolsonarismo. “As pessoas no nosso governo tinham que tentar fortalecer algum grupo de legalistas ali dentro [das Forças Armadas] e isolar uma turma que continua com a mesma linha… Essa turma tem que ser isolada internamente, na promoção dos generais… A gente não pode ficar promovendo generais ligados a esta ultradireita, ao bolsonarismo. A gente tem que tentar isolar esse pessoal, tem que fazer política interna também”. Questionado sobre se o comandante do Exército, general Tomás Paiva, tem adotado esta estratégia, ele respondeu: ‘confesso que não sei, mas espero que sim’.

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    Relacionados