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Genoino: “A esquerda tem que ser mais rebelde, a gente tem que discutir a esperança”

Genoino critica messianismo político da extrema direita e defende uma esquerda mais ativa na construção de um projeto de direitos essenciais e esperança

(Foto: ABR)

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247 - Em entrevista ao Bom Dia 247, José Genoino, ex-presidente do PT, afirmou que a esquerda brasileira precisa assumir uma postura mais rebelde e propositiva, discutindo a esperança como contraponto ao conservadorismo e ao negacionismo que, segundo ele, dominam o cenário político atual. Ele destacou o crescimento da candidatura de Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo, prevendo sua liderança no primeiro turno, e comentou sobre o cenário político nas capitais, mencionando o protagonismo do Partido dos Trabalhadores (PT) em cidades como Porto Alegre, Fortaleza e Goiânia.

Genoino criticou o fenômeno do messianismo na política, que, para ele, emerge de uma negação da política tradicional e do desgaste provocado por crises sociais, culturais e ambientais. Ele alertou para o papel das redes sociais na criação de líderes messiânicos que exploram o medo e a decepção popular, prometendo soluções fáceis e irreais. Para Genoino, a esquerda deve se contrapor a esses movimentos com um projeto de direitos essenciais, focado em uma vida democrática e civilizada, que ofereça alternativas reais à precarização da vida.

O ex-deputado também destacou a importância de uma comunicação que vá além da técnica, valorizando o conteúdo e o contato direto com as comunidades. Segundo ele, a esquerda precisa se posicionar contra o status quo, assumir uma plataforma de direitos essenciais e ser protagonista de uma mudança de mentalidade na sociedade. Ele defendeu uma postura mais radical, de "rebeldia democrática", que mobilize a sociedade em torno de um projeto transformador.

Genoino afirmou que a esquerda não pode se acomodar e precisa manter uma resistência ativa, articulando uma luta de médio e longo prazo, conectando a luta por direitos com a defesa da democracia. Para ele, essa é a única forma de enfrentar as crises sistêmicas que afetam não apenas o Brasil, mas o mundo todo. Assista: 

 

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