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"Movimentos subversivos estão desmantelando o capitalismo", diz Suely Rolnik

Professora comenta em entrevista o impacto de movimentos como o feminista, o indígena e o negro. Assista na TV 247

Suely Rolnik (Foto: Divulgação/CP)

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247 - A professora Suely Rolnik abriu, em entrevista à TV 247, novas perspectivas sobre o que considera ser uma "revolução silenciosa" de movimentos subversivos, que estão, segundo ela, "desmantelando o capitalismo". 

A filósofa e psicanalista citou especificamente os movimentos indígena, feminista e da causa negra: "O que vejo é que esses movimentos estão conseguindo se colocar a partir de uma conexão com os afetos, efeitos do ecossistema ambiental, social e mental em nossos corpos, e de sua decifração na condução das ações. Isso é fundamental do ponto de vista micropolítico, ou seja, da base subjetiva do sistema colonial–racial-cisheteropatriarcal-capitalista que lhe provê sua consistência existencial, sem a qual não se sustentaria". 

"Tenho fé nesses movimentos, fé em sua potência vital, porque se você muda apenas o sistema capitalista em sua face visível, lutando apenas no plano do Estado por melhores acessos a direitos, sem mexer no modo de existência, tudo acaba voltando para o mesmo lugar", complementou. 

A analista comentou ainda a ascensão do fascismo através de uma perspectiva psicanalítica: "Hoje, a produção desse tipo de subjetividade baseada na tal desconexão, chega a um extremo que podemos chamar de fascista, sendo que as tecnologias micropolíticas de produção do fascismo atual são muito mais do que em suas versões históricas, devido as redes sociais e a internet. Se não mexermos nisso, tudo volta ao mesmo lugar", disse. Assista na TV 247: 

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