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“Ninguém conseguiu pautar a mídia como Alexandre de Moraes conseguiu”, diz jurista

Juiz de Direito comenta mandatos de ministros do TSE, e processos envolvendo o ex-presidente Bolsonaro no STF

(Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados | Gustavo Moreno/SCO/STF)

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247- O desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo e ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia, Marcelo Semer, concedeu entrevista ao programa Boa Noite 247, onde abordou temas como os mandatos no TSE da Ministra Carmen Lúcia e do Ministro Alexandre de Moraes, além dos processos judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, no STF.

Questionado sobre o que espera do mandato da Ministra Carmen Lúcia e do final do mandato do Ministro Alexandre de Moraes, Semer afirmou: "Ela já foi do tribunal eleitoral, não vejo sobressaltos nisso, talvez, não seja tão politicamente montado quanto ao do ministro Alexandre de Moraes. Acho que ninguém consegue competir com Alexandre nesse quesito, porque ele tem uma origem muito maior na política, consegue medir a temperatura política e a temperatura da mídia como nenhum outro conseguiu. Para pautar a mídia, nenhum outro ministro do Supremo tinha essa facilidade. Enfim, mas também enfrentou uma conjuntura inédita na história brasileira, em termos eleitorais."

Sobre a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Semer disse: "Não dá para dizer que o TSE tenha sido negligente, ao contrário, julgou os processos de Bolsonaro com bastante rapidez e fluidez. Acho também que a mesma coisa aconteceu na decisão no caso Dallagnol. Então penso que o TSE seja um tribunal garantista. O tribunal vai mudar bastante, principalmente pelas saídas, quando mudam os advogados, quando mudam os Ministros do Supremo, não sabemos o que vem pela frente. Aparentemente, o que vem pela frente é um tribunal um pouco mais conservador com a presidente Carmen Lúcia."

Sobre os processos envolvendo Bolsonaro e seus colaboradores no STF, Semer declarou: "Me parece que, com relação ao processo que envolve o Bolsonaro e os seus colaboradores, não vejo outro lugar para ser julgado que não seja o Supremo. Não faz sentido. O Supremo realizou de novo a sua jurisprudência. No que diz respeito a Bolsonaro, eu acho muito razoável, porque um ex-presidente, que na presidência atentou contra a democracia por meio de um golpe, não vejo outro lugar onde possa ser julgado se não no Supremo."

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