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    "O genocídio de Israel em Gaza agora se estende ao Líbano", diz Ualid Rabah

    Em entrevista ao "Forças do Brasil", o presidente da Fepal, Ualid Rabah, expõe os impactos da ocupação israelense

    Ualid Rabah | Casas destruídas na Faixa de Gaza (Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados | REUTERS/Hossam Azam)

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    247 – Em entrevista ao programa "Forças do Brasil", transmitido pela TV 247 e conduzido pelo jornalista Mario Vitor Santos, Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, ofereceu uma análise profunda sobre o atual conflito entre Israel e o Líbano. A entrevista, que abordou não apenas a questão da Faixa de Gaza, mas também os ataques recentes de Israel ao Líbano, destacou a expansão da ocupação militar israelense e seus efeitos devastadores. Ualid Rabah sublinhou o histórico de invasões e massacres promovidos por Israel, como os ocorridos em Sabra e Chatila em 1982, e as consequências políticas e humanitárias dessa contínua ofensiva no sul do Líbano.

    “A política genocida de Israel sobre Gaza está agora estendida ao Líbano, e se confirma como uma limpeza étnica”, afirmou Rabah. Segundo ele, o objetivo de Israel seria criar uma série de miniestados no território libanês, deslocando a população local para consolidar o domínio israelense na região. “Israel não está apenas deslocando populações no norte de Gaza, mas agora se prepara para aplicar o mesmo plano no sul do Líbano”, completou.

    O genocídio como política de estado

    Uma das principais questões levantadas por Rabah é a continuidade da política de extermínio e limpeza étnica promovida por Israel. O palestrante destacou números alarmantes de vítimas, especialmente entre as crianças palestinas, comparando a brutalidade das ações israelenses ao período nazista. "Em 11 meses e meio de genocídio, Israel exterminou quase 10 mil crianças em Gaza. Se olharmos para o mesmo período durante a Segunda Guerra Mundial, as crianças assassinadas por Hitler foram muito menos”, disse Rabah, chamando atenção para o fato de que, em termos proporcionais, Israel está cometendo um massacre sem precedentes.

    Rabah também abordou a destruição de infraestruturas críticas em Gaza e no Líbano, como hospitais e mesquitas, e como isso se conecta à política internacional. “Estamos diante de um segundo momento da política genocida de Israel, uma expansão para além das fronteiras históricas da Palestina”, acrescentou.

    O papel dos Estados Unidos e do lobby sionista

    Segundo Rabah, os Estados Unidos têm papel central na manutenção do conflito. Para ele, Israel é um agente da política ocidental, com os EUA fornecendo armas, inteligência e apoio logístico para as operações militares no Oriente Médio. "Netanyahu é um açougueiro, mas o verdadeiro dono do gado e do abatedouro são os Estados Unidos", pontuou Rabah, em uma metáfora contundente sobre o controle americano sobre a situação.

    A influência do lobby sionista no Brasil também foi discutida. Rabah argumenta que o debate sobre o papel desse grupo de pressão, até então pouco explorado no país, está se tornando cada vez mais presente no cenário nacional. "Pela primeira vez, o lobby sionista está sendo debatido publicamente no Brasil, e isso é um avanço", destacou. 

    A resistência palestina e o futuro da região

    Rabah demonstrou otimismo em relação à capacidade de resistência dos palestinos e destacou a importância da reconciliação entre as forças políticas do país, selada em Pequim. Ele acredita que a unificação da Palestina e a formação de um governo de unidade nacional são passos essenciais para enfrentar as agressões israelenses. "Os palestinos estão dando respostas consistentes, e isso é crucial para a reconstrução da Faixa de Gaza e para o futuro da resistência", afirmou.

    Além disso, Rabah ressaltou o papel da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica em oferecer uma resposta mais coesa às ações de Israel. Segundo ele, a entrada de países como o Egito, o Irã e a Arábia Saudita no BRICS pode alterar o equilíbrio de poder na região e limitar a influência dos Estados Unidos e de Israel. "Estamos falando de trilhões de dólares de PIB e de populações gigantescas. Se esses países decidirem boicotar Israel, o impacto será profundo", argumentou. Assista:

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