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    "Os inimigos de Lula vão compará-lo a Biden para tentar tirá-lo da disputa em 2026", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

    Economista afirma, no entanto, que o Brasil não terá alternativa melhor para enfrentar a direita na próxima eleição presidencial

    (Foto: Jonathan Ernst/REUTERS | Brasil247)

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    247 – Durante uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior discutiu as possíveis estratégias dos adversários políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a eleição presidencial de 2026. Ele acredita que a oposição tentará usar a comparação entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como uma tática para desestabilizar a candidatura de Lula. No entanto, Batista Júnior vê essa comparação como inadequada e sem fundamento.

    Batista Júnior aconselha que o governo Lula mantenha uma postura distante em relação à eleição americana. "O governo Lula deve se manter distante da eleição americana. O presidente brasileiro não pode se incompatibilizar com o próximo presidente estadunidense", afirmou o economista. Ele destacou a visão dos Estados Unidos sobre o Brasil, mencionando que "eles se acham líderes do mundo ocidental e não querem muita proximidade do Brasil com a China."

    Comparações infundadas entre Lula e Biden

    Para Batista Júnior, as tentativas de comparar Lula a Biden são ridículas e sem fundamento. "Os inimigos de Lula vão tentar compará-lo a Biden. Mas isso é ridículo. Biden está claramente com problemas cognitivos. Isso não pode ser dito do Lula," disse ele. O economista acredita que Lula está em plena forma e terá plenas condições de concorrer à reeleição em 2026. Batista Júnior vê Lula como a única figura capaz de enfrentar a direita brasileira nas próximas eleições. "Ninguém além dele poderá enfrentar a direita brasileira," disse ele. Ele sugere que os jovens do governo se preparem para assumir a liderança em 2030. "Os jovens do governo terão que se preparar para 2030," comentou.

    O economista também criticou a política econômica atual, especialmente o arcabouço fiscal criado pelo ministro Fernando Haddad. "O Haddad criou uma armadilha para si e para o governo, que foi o arcabouço fiscal," afirmou Batista Júnior. Ele enfatizou a necessidade de um crescimento econômico maior para estabilizar as contas públicas e melhorar a situação do emprego no país. "O crescimento de 2,5% não é suficiente. Se for maior, pode ajudar a estabilizar as contas públicas. O Brasil está longe do pleno emprego. É preciso olhar o emprego precário e o desalento," disse ele.

    Batista Júnior expressou preocupação com o fortalecimento da direita brasileira, especialmente com o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que acaba de privatizar a Sabesp. "O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, está passando no vestibular para ser o candidato da direita. Vai vender, vender e vender", afirmou. Ele ressaltou a importância de um desempenho forte do governo Lula para evitar que a direita volte ao poder. "É muito importante que o governo Lula tenha um desempenho forte para que essa gente não volte ao poder," concluiu.

    O presidente Lula, em suas declarações recentes, afirmou que a decisão de Biden de desistir da candidatura à reeleição foi pessoal, mas garantiu que as relações entre Brasil e Estados Unidos continuarão a ser "civilizadas" independentemente do vencedor da disputa presidencial. Biden anunciou sua desistência de concorrer à reeleição, em meio a questionamentos sobre suas condições de vencer a disputa e cumprir um segundo mandato. Assista a entrevista de Paulo Nogueira:

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