"Se estivesse aqui, Conceição Tavares estaria se batendo contra o rentismo e a austeridade fiscal", diz Paulo Nogueira
Economista destaca a importância e o legado de Maria da Conceição Tavares em entrevista à TV 247. Assista
247 - O economista Paulo Nogueira Batista Júnior destacou, em entrevista à TV 247, a importância de Maria da Conceição Tavares, falecida em 8 de junho, para o pensamento econômico brasileiro e comentou as posições que ela defenderia no cenário atual. Segundo Batista Júnior, Conceição Tavares foi uma referência para várias gerações de economistas.
Ele ressaltou a influência de Tavares em sua época. "Ela foi uma das pessoas mais influentes da sua geração", disse Batista Júnior, enfatizando o caráter nacionalista da economista. "Era uma nacionalista", destacou.
Batista Júnior acredita que, se estivesse viva, Conceição Tavares seria uma crítica ferrenha das políticas econômicas atuais, especialmente no que tange ao rentismo e à independência do Banco Central. "Conceição seria veementemente contra a defesa do rentismo e de teses como a independência do Banco Central. Ela dizia que era necessário tirar o BC da mão dos bandidos", afirmou.
Batista Júnior também lembrou a oposição de Tavares aos juros altos e à austeridade fiscal. "Ela sempre se bateu contra juros escorchantes e austeridade fiscal impensada", disse. Ele comentou sobre o equilíbrio fiscal, descrevendo-o como um conflito de interesses:
"Equilíbrio fiscal é um jogo de empurra, um conflito distributivo. A discussão é quem arca com a conta. Todos são a favor, desde que não se toque no seu próprio bolso".
Em relação ao governo atual, Batista Júnior alertou para os riscos de um ajuste fiscal que prejudique os mais pobres. "Se o governo Lula fizer o ajuste fiscal às custas dos mais pobres, ele vai se enterrar", afirmou. Assista na TV 247:
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