“Só resta à mídia tradicional jogar pedras contra o presidente Lula”, diz Mario Vitor Santos
Jornalista critica a postura da imprensa tradicional em relação ao governo Lula e analisa a busca por uma direita democrática
247 – O jornalista Mario Vitor Santos, editor da TV 247, participou do programa Bom Dia 247, onde abordou a postura da mídia tradicional em relação ao presidente Lula. O jornalista criticou a busca desesperada por uma direita “democrática” que se distancie do bolsonarismo e ofereça uma alternativa viável ao atual governo.
"O jornal Estado de São Paulo é um jornal muito preocupado em defender as teses mais conservadoras da direita, da direita tradicional, da direita democrática, como eles falam, mas às vezes essa palavra aparece até contraditória, vinda de um jornal, como tantos outros, que apoiou o golpe militar de 64", afirmou Mario Vitor Santos. Ele observou que, no editorial publicado pelo Estadão nesta semana, o jornal tenta encontrar uma direita democrática que se afaste do bolsonarismo. "Acontece que essa é uma luta desesperada da direita de hoje para se opor ao governo Lula, buscando se afastar dessa espécie de união atávica ao esgoto, que é o esgoto fascista, que é o bolsonarismo."
Mario Vitor destacou que o neoliberalismo é um traço comum entre a direita tradicional e a direita fascista bolsonarista, ambas defendendo a destruição da presença do estado na vida dos brasileiros, algo contrário ao que o governo Lula promove. "Então é difícil para essa direita tão combalida, em termos de quadros populares, de quadros que tenham lideranças com apego eleitoral, viabilidade eleitoral, numa disputa com o Lula, é difícil de se desligar inteiramente", explicou. "Ela fica mais nesta espécie de terceira via, perdida em um fosso, em que falta voto, falta apoio e desesperadamente tenta anular a presença do bolsonarismo junto a ela."
Mídia em decadência
O jornalista apontou que essa situação gera críticas constantes da mídia ao presidente Lula, na tentativa de encontrar uma alternativa para concorrer nas eleições de 2026. "O editorial do Estadão cita três candidatos: Tarcísio de Freitas, um bolsonarista; Ronaldo Caiado, que tem proximidade com Bolsonaro, mas tenta traçar uma linha própria; e Ratinho Júnior, que também tem uma linha própria. Mas nenhum deles parece, até agora, ser aquele eleito, aquele ungido pelas forças da direita tradicional em decadência," analisou Santos.
Ele concluiu que a mídia tradicional, apesar de ter grande expressão, está em decadência em termos de viabilidade eleitoral. "Só resta a ela, então, jogar pedras contra o presidente Lula, já que não tem a quem promover de seu gosto principal. É interessante que essa dinâmica vai permanecer até o final desse mandato do presidente Lula, de maneira cada vez mais acirrada, a busca desesperada de um anti-Lula que não seja hidrófobo, que não babe, que enfim consiga comer com talheres." Assista:
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