“Não há antinomia entre desenvolvimento e proteção do meio ambiente”, diz Gilmar Mendes

247 - No segundo Fórum Brasil, promovido pelo Lide e pela TV 247, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que a transição climática é o grande desafio do século 21 e destacou o papel estratégico do Brasil na agenda ambiental global. Para ele, o país possui ativos significativos em energia limpa e preservação ambiental, que devem ser explorados para equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.

“Não há antinomia entre desenvolvimento e proteção do meio ambiente. O Brasil tem muito a apresentar ao mundo no tocante à transição energética. Nossa matriz energética é predominantemente hidráulica e limpa, e ainda temos enorme potencial na energia solar e eólica”, destacou o ministro.

Gilmar Mendes também ressaltou a importância histórica de Juscelino Kubitschek no desenvolvimento do agronegócio, setor que hoje responde por 1/3 do PIB brasileiro. “O Brasil ainda não percebeu a grandiosidade do estadista que foi JK. Ele lançou as bases que permitem ao agro ser hoje uma das forças mais dinâmicas da nossa economia”, afirmou.

Por outro lado, o ministro criticou os retrocessos ambientais do governo de Jair Bolsonaro, que, segundo ele, obrigaram o STF a intervir para fortalecer iniciativas como os fundos do clima e da Amazônia. “No governo anterior, houve retrocesso na área ambiental, e o Supremo teve que atuar para assegurar a continuidade de políticas fundamentais para a preservação e o combate às mudanças climáticas”, disse.

Gilmar concluiu destacando a importância de trazer o debate ambiental para Brasília, reforçando a necessidade de o Brasil liderar a agenda climática global. “A transição energética e climática é uma oportunidade de reafirmar nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, mostrando ao mundo que o Brasil é um exemplo de equilíbrio entre progresso e preservação ambiental”, finalizou.

A fala do ministro reafirma o papel do Brasil como protagonista na busca por soluções sustentáveis e na construção de um futuro mais verde.