Lula critica neoliberalismo e defende jornada de trabalho mais equilibrada no G20 Social
Presidente cobrou medidas contra desigualdades e criticou exclusão de países da América Latina e da África no Conselho de Segurança da ONU
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o neoliberalismo e defendeu jornadas de trabalho mais equilibradas durante o encerramento do G20 Social, no Rio de Janeiro, neste sábado (16). Em seu discurso, Lula apontou que o modelo econômico agravou desigualdades e que temas como redução do custo de vida e condições mais humanas de trabalho precisam estar na agenda do G20. “O neoliberalismo agravou uma desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias”, afirmou. Apesar do tom enfático, o presidente evitou abordar diretamente debates como a escala 6x1, que segue em tramitação no Congresso.
Lula também aproveitou o evento para criticar o Conselho de Segurança da ONU, destacando a exclusão de países da América Latina e da África em processos decisórios globais. “Onde está o continente africano na ONU? Onde está o continente latino-americano?”, questionou. O presidente reafirmou a necessidade de reformar as instituições internacionais e ressaltou a importância de responsabilizar os países que dominam a economia mundial para garantir justiça social e sustentabilidade climática. O G20 Social, que teve sua primeira edição neste ano sob a presidência do Brasil, reuniu movimentos sociais para debater alternativas de desenvolvimento.
No campo interno, Lula reforçou sua posição contra cortes orçamentários em áreas sociais, classificando recursos para políticas públicas como “investimentos, não gastos”. Ele destacou a invisibilidade de populações marginalizadas nos orçamentos nacionais e cobrou atenção a essas demandas. Embora o governo esteja atento à pauta de mudanças na escala de trabalho, o Planalto mantém foco na aprovação da Lei Orçamentária Anual e das medidas de corte de gastos propostas pelo Ministério da Fazenda. “Os países do G20 representam 85% do PIB mundial e quase dois terços da população global. Podemos fazer a diferença”, concluiu Lula.
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