Henrique Pizzolato condena linchamento público de Alysson Mascaro
Coordenador da rede Lawfare Nunca Mais, ele afirma que acusações sem provas são usadas para justificar condenações sumárias e ilegais
247 – Durante participação no programa 22 Horas, apresentado por Ricardo Nêggo Tom na TV 247, Henrique Pizzolato, coordenador da rede Lawfare Nunca Mais, criticou duramente o que classificou como um “linchamento público” contra o jurista Alysson Mascaro, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. O caso ganhou notoriedade após uma reportagem do Intercept, que, com base em fontes anônimas, acusa Mascaro de condutas impróprias, como assédio sexual e até mesmo estupro contra estudantes do sexo masculino. Para Pizzolato, o objetivo da matéria é claro: retirar Mascaro de sua posição na Universidade de São Paulo (USP) e do debate público crítico ao neoliberalismo.
“O imperialismo encontrou uma nova maneira de queimar currículos e pensadores que combatem o neoliberalismo”, afirmou Pizzolato. Ele destacou que, no contexto da guerra híbrida, as táticas não têm limites, incluindo o uso de acusações sem provas para destruir reputações e neutralizar figuras públicas.
O perigo do linchamento público
Pizzolato alertou sobre os impactos devastadores do linchamento público, tanto para as vítimas quanto para a sociedade. “Precisamos ter muita cautela. Prudência. Sem linchamento. Isso pode ser um torniquete, como se fez com a justiça. Eles não colocam limites nas táticas da guerra híbrida”, declarou.
Ele enfatizou que denúncias anônimas e frágeis são uma ferramenta para facilitar o trabalho de quem busca condenações injustas posteriormente. “O linchamento facilita o trabalho de quem vem depois para condenar. É um ciclo perigoso que mina as bases do Estado de Direito e da democracia.”
A experiência pessoal de Pizzolato
Pizzolato, que foi alvo de um processo amplamente criticado por irregularidades e perseguição política, relacionou sua experiência com o caso de Mascaro. “Eu sei o que é ser vítima de acusação falsa e de condenação falsa. Essas práticas têm um efeito devastador, não apenas para o indivíduo, mas para toda a sociedade que busca justiça.”
Ele destacou a necessidade de garantir que as denúncias sejam investigadas com seriedade, evitando julgamentos apressados que possam resultar em erros irreparáveis. Assista:
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