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    "O Amapá não pode mais esperar", diz Amiraldo Favacho, em defesa da exploração na Margem Equatorial

    Conselheiro do TCE-AP denuncia abandono histórico do Oiapoque e critica lentidão do Ibama

    Amiraldo Favacho (Foto: Paulo Victor Lago)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Durante o evento “Margem Equatorial e Políticas Públicas”, realizado no dia 26 de março em Brasília pelo Brasil 247, TV 247 e o site Agenda do Poder, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE-AP), Amiraldo Favacho, fez um contundente apelo por desenvolvimento para o Amapá e pela liberação das pesquisas da Petrobras na Margem Equatorial. Em sua fala, Favacho criticou duramente o parecer técnico do Ibama que impede o avanço da exploração na região e denunciou o abandono histórico do município de Oiapoque.

    “O Amapá não pode mais esperar”, afirmou Favacho, que foi servidor do IBDF e do Ibama por quase dez anos. “Essa legislação ambiental, quando o Ibama insiste em não conceder essa licença para pesquisa, fere de morte o povo do Amapá, inclusive das aldeias indígenas”, declarou, referindo-se ao parecer assinado por 26 técnicos do Ibama que barrou o início das atividades exploratórias da Petrobras.

    Favacho afirmou conhecer todas as reservas indígenas do estado e disse que as acusações de que a exploração de petróleo contaminaria as águas das aldeias são infundadas. Ele defendeu que o verdadeiro impacto ambiental e social já ocorre hoje, pela ausência do Estado e pela pobreza extrema que atinge a população local.

    “No município de Oiapoque estão os mais altos índices de prostituição e prostituição infantil, em função do confronto do Euro que vem de Caiena com o nosso Real”, afirmou. Ele também alertou para o crescimento do narcotráfico na região: “O narcotráfico é hoje o maior empregador. Isso me assusta”.

    O conselheiro ainda questionou a legitimidade do parecer técnico do Ibama: “Acredito que muitos desses técnicos não conhecem a realidade do Oiapoque nem do Amapá”. Ele sugeriu que o próximo encontro sobre o tema ocorra justamente no município de Oiapoque, “antes do dia 7 de abril, quando está prevista a entrega da última condicionante ambiental, que é o hospital da fauna”.

    Favacho também cobrou uma postura mais firme do presidente Lula: “Tenho a entrevista em que o presidente diz que o Ibama tem que parar com a lenga-lenga. E eu, com a minha ignorância, pergunto: por que ele não estabelece um prazo e cobra as providências? Ou prefere deixar o Amapá na ignorância e na miséria?”

    Em sua fala, ele ainda citou a demora na conclusão da BR-156 — que está há 92 anos em obras e ainda tem 110 km sem asfalto — e lembrou que, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foi criado na região um dos maiores parques nacionais do país, por decreto sem número, em área rica em jazidas minerais. “E as compensações para o Amapá, onde estão?”, questionou.

    “O povo está definhando e já não acredita mais diante de tanta protelação. Me perdoem o desabafo, mas o Amapá não pode mais esperar”, concluiu. Assista:

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