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    Amazônia vive pior temporada de queimadas em 17 anos e fumaça já afeta 10 estados

    Recorde de queimadas, agravado pela seca, provoca crise ambiental e ameaça saúde de milhares de brasileiros

    Fumaça sobre vegetação ao redor do rio Cuiabá, no Pantanal, em Poconé, no Mato Grosso (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

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    247 - A floresta amazônica está enfrentando a pior temporada de queimadas em 17 anos, com um total de 59 mil focos de incêndio registrados desde o início de 2024, formando um corredor de fumaça que já atinge dez estados brasileiros, revela reportagem do G1. Ventos que normalmente trazem umidade da Amazônia para o restante do país estão agora transportando a densa fumaça das queimadas, agravando as condições do ar e criando um cenário preocupante, principalmente no Sul e Sudeste.

    A situação foi agravada pela seca severa que atinge mais de mil cidades em todo o Brasil, exacerbada pelo fenômeno climático El Niño e pelo aquecimento do Oceano Atlântico. Segundo os meteorologistas, a combinação de queimadas e estiagem atingiu um nível crítico este ano, levando a um aumento expressivo dos incêndios não apenas na Amazônia, mas também em outras regiões, como o Pantanal e Rondônia.

    "Não se sabe ao certo se estamos diante de uma antecipação do período crítico ou de um prolongamento da exposição à fumaça tóxica", destaca a epidemiologista da Fiocruz, Jesem Orellana. , O pico da poluição no ano anterior foi em outubro, mas os dados atuais indicam que este ano pode trazer uma temporada de queimadas ainda mais prolongada.

    Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram uma redução de 45% no desmatamento da Amazônia no último ano. Porém, isso não impediu o aumento dos incêndios, já que as áreas desmatadas anteriormente continuam a ser alvo de queimadas.

    Além da Amazônia, a fumaça das queimadas vem de outras áreas críticas, como o Pantanal e regiões da Bolívia, somando-se para formar um corredor de fumaça que tem causado sérios problemas de saúde e qualidade do ar. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul já sentem os impactos da poluição atmosférica. A previsão é que a situação piore com a chegada de uma frente fria nesta quarta-feira (21), que deve comprimir e espalhar ainda mais a fumaça pelo Brasil.

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